VALE DAS VIDEIRAS | Petrópolis

As terras que hoje formam o Vale das Videiras pertenciam ao município de Vassouras. Por serem impróprias para a plantação de café, o “ouro negro” da época, foram deixadas de lado pela comarca.


O nome “Vale das Videiras” se deve a tentativa fracassada de transformar a região em uma próspera vinícola, cuja iniciativa partiu de imigrantes vindos do sul italiano.


O valor da região estava na geografia desta, em que haviam rotas para viajantes e fazendeiros que iam e vinham da região central de Vassouras, Paraíba do Sul e Três Rios.

Destes pontos, seguiam para lugares mais distantes como Diamantina e Ouro Preto. Com o tempo, outras rotas foram sendo formadas como a Estrada do Imperador, que passaria pelo Rocio, Mata do Rocio e, depois, Fazenda do Rocio, Facão, Vale das Videiras, chegando até onde  hoje é o Município de Paty do Alferes. A rota que os viajantes tomavam para se chegar a Vassouras hoje é a Rodovia Bernardo Coutinho, ou RJ-117, que recentemente foi asfaltada.


RJ-117 Rodovia Bernardo Coutinho - Limite de municípios

Outra rota também conhecida foi criada por Bernardo Proença que começava na Cascatinha entrava no Vale das Araras (fazendo o  mesmo percurso da atual estrada Bernardo Coutinho), subia a Serra de Araras, cruzava a Garganta da Ponte Funda, entrava em áreas da Fazenda Santa Catarina e chegava ao povoado do Vale das Videiras no mesmo trajeto da atual estrada Paulo Meira.

Um  “entroncamento” de grande importância à época, pois dali partiam duas “variantes” principais: uma, conduzia o viajante à Paty do Alferes, Miguel Pereira e Vassouras; a outra,  à Paraíba do Sul, passando por Sardoal, Sebollas, Fagundes e Werneck.


O distrito de Araras resume-se a uma rua apenas sem nenhum local para convivência. Tem a igreja, de Nossa Senhora de Lourdes,  mas falta a pracinha. O que sobra são restaurantes finos, pousadas e condomínios fechados. À direita, o acesso aos vilarejos de Rio Pardo e Sardoal e à esquerda, Paty e Miguel Pereira. 

Vale das Videitas - Foto: Luan Lima

A Fazenda Sant´Anna do Vale, erguida em 1752, inicialmente era denominada Sant´Anna das Palmeiras. Em seu interior, foram feitas palestras em prol da Independência do Brasil.


Tropeiros, vaqueiros, negociantes, viajantes de todas as partes e de todas as classes circulavam por este trecho levando e trazendo várias mercadorias – de ouro a pinga. Quando chovia, a estrada se tornava um atoleiro cheio de obstáculos. Isso obrigava os viajantes a interromper a viagem e esperar as condições climáticas melhorarem.

Perímetro urbano de Vale das Videiras - Foto: Murilo de Rutas

Foi aí que surgiram hospedarias e ranchos. Em seguida estalagens e currais. Depois, Fazendas que serviriam não apenas como unidades de produção, mas também serviram para pouso, descanso e necessidades de higiene. Entre as fazendas, estão a Bonsucesso, Santa Catarina, Sant´Anna do Vale, da Cachoeira e do Rocio.


A extensão territorial do vale pertenceria a dois antigos distritos de Vassouras: Miguel Pereira e Paty do Alferes. Mas consta que Petrópolis avançou em terras que não eram de sua alçada. Em contra partida, a cidade imperial foi quem trouxe melhorias para o Vale como pavimentação e serviço de coleta de lixo e iluminação pública.


O Vale das Videiras é considerado por botânicos, zoologistas e conservacionistas em geral como um nicho de preservação ambiental e a mais bela região rural da serra fluminense.  Não lhe faltam atrativos naturais, como montanhas, riachos e cachoeiras. Por isto, tem se notabilizado como um destino turístico em franca expansão.


O melhor acesso para se chegar ao Vale das Videiras é pela BR-040, rodovia federal que interliga o Rio de Janeiro à Belo Horizonte. Deixando a estrada na Saída do Km. 65, direção Araras, entra-se em uma belíssima estrada de montanha asfaltada, que leva o visitante até o povoado do Vale, onde não falta um coreto e um pequeno comércio. Esta estrada é a RJ-117, que interliga Petrópolis à Paty do Alferes.

Entrada do Vale das Videiras - Foto: Igor Marcolino

No Brasil Colônia, e depois no Império, todas as terras hoje conhecidas como “Vale das Videiras”  pertenciam à então Comarca de Vassouras. Fazendas históricas são o testemunho daquela época em que a região buscava a sua afirmação econonômica e que, ao mesmo tempo, ofereciam repouso, alimentação e pouso aos que se deslocavam entre a Cidade Imperial de Petrópolis e as fazendas de café de Vassouras ou seguiam  viagem para regiões mais distantes, como as das minas gerais.



Nos últimos anos do Império, imigrantes italianos plantaram parreirais na tentativa de produzir uvas em escala comercial. É desta época a Fazenda Sta. Catarina, que recebeu este nome em homenagem a santa padroeira da Itália. Restaurada e ampliada, e com o nome de Fazenda das Videiras, a propriedade é hoje uma pousada temática, onde tudo gira em torno do vinho e da uva, da decoração à culinária.

Vista de Vale das Videiras - Foto: Ronie Guilherme

Já na República, o município de Petrópolis avançou sobre o Vale das Videiras, incorporando parte dele aos seus domínios.  Passou a servir a região de serviços de transporte público e de recolhimento de lixo.  

Com o desmembramento de Vassouras, para o surgimento dos novos municípios de Miguel Pereira e de Paty do Alferes, a área remanescente do Vale das Videiras passou à jurisdição das novas unidades estaduais.



Muitos poucos são os que percebem que o Vale das Videiras “herdou” o que de melhor oferece cada um dos três municípios: o clima fresco e seco de Miguel Pereira, a simplicidade e o jeito rural do povo de Paty do Alferes e a vocação eminentemente turística de Petrópolis.

A imensa maioria, todavia, alheia a tais sutilezas, acredita que o Vale das Videiras é um dos distritos de Petrópolis e, dentre eles, o mais privilegiado pelas belezas da natureza.


Linha Sardoal - Vale das Videiras.em 1958 - Foto: Jorge Carlos Amaral de Oliveira

As razões saltam aos olhos: situado entre duas área de preservação ambiental (Reserva Ecológica Estadual de Araras e Zona de Proteção Ambiental da Ponte Funda), o Vale das Videiras é rico em riachos, cachoeiras, diferentes espécies de vegetais e animais.


O Vale das Videiras continua a ser o destino turístico acertado para quem quer fugir da agitação, dos engarrafamentos e de todos os “sintomas” das áreas urbanas. No local podem ser encontrados desde uma pensão popular a um restaurante estrelado, desde uma estalagem simples a uma pousada de charme.


Em suma, opções para todos os bolsos e exigências. Em torno do povoado, um coreto, escola, farmácia, posto de gasolina e um centro de compras, com pizzaria e lojas de decoração e artesanato.  

Estradas de terra e belas trilhas partem do centro do Vale das Videiras e passam por montanhas, matas, riachos e antigas fazendas.  São caminhos centenários que levam à lugares como o Vale das Princesas, Malta, Estrada do Imperador, Fazenda Inglesa e Rocio.


Noutro sentido, outras estradas de chão passam por plantações de tomate, até chegar a Paty do Alferes, Miguel Pereira, Secretário e Paraíba do Sul. São roteiros consagrados para cavalgadas ecológicas, passeios a pé, de bicicleta ou de moto.



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VARGEM ALTA | Nova Friburgo

Localizada a vinte quilômetros do centro de Nova Friburgo, Vargem Alta é uma localidade pertencente ao distrito de São Pedro da Serra.


A localidade se destaca pela produção de flores; como cravos, rosas, crisântemos, bromélias e palmeiras ornamentais, fazendo do município de Nova Friburgo o segundo maior produtor de flores do Brasil, sendo superado apenas por Holambra, em São Paulo.



Em 1818 aproximadamente 100 famílias suíças, de maioria vindas do cantão – divisão semelhante aos nossos estados – de Friburgo, foram autorizadas para colonizarem os atuais munícipios de Nova Friburgo e Cantagalo, separados somente em 1820, quando Nova Friburgo se tornou uma vila.

Não somente de suíços que os friburguenses descendem. Há também portugueses – que serão de grande importância na história das flores friburguenses, como se explicará mais a frente –, alemães, austríacos, italianos, sírios e libaneses.



Vargem Alta - Foto: Reprodução da internet

Mesmo com esta mistura, a cidade é conhecida por ser a suíça brasileira, já que, como dito antes, são maioria, e por isto influenciam a população culturalmente. E estas características suíças são muito utilizadas pelo setor de turismo, como também essa descendência possibilita a proximidade com o país europeu, seja por associações ou por sua população.


Floricultura em Vargem Alta - Foto: Reprodução da internet

A floricultura é ocupação econômica predominante em Vargem Alta. Este setor da agricultura moderna pode se expressar mínimo no gráfico de Nova Friburgo, porém a floricultura, comparada com todas as estatísticas do estado, se torna representativa, sendo o segundo maior munícipio em número de estabelecimentos do tipo, o primeiro sendo a capital do estado.



Ela só se torna menos expressiva se comparado com o número total de estabelecimentos agropecuários, onde a floricultura ocupa pouco mais de 7% do total friburguense.


Destacando ainda mais a floricultura, Vargem Alta é conhecida por suas belas e lucrativas plantações de flores, porém não foi ele o primeiro.



A produção de flores de corte em Nova Friburgo teve início na segunda metade do século passado, quando famílias de origem portuguesa, entre elas Pinheiro e depois Siqueira, começaram o cultivo de rosas em Conselheiro Paulino.


Os descendentes suíços foram os que iniciaram este ramo agrícola no bairro, porém algumas características dete não facilita o bom escoamento, já que Vargem Alta é distante do Centro e menos urbanizado, além de longe das principais rodovias da cidade.



Sua paisagem é predominante natural. Há quase nenhuma verticalização, ou seja, a maior parte dos prédios deste bairro tem dimensão horizontal mais alargada.

Estrada do Stucky em Nova Friburgo

É pouco articulado com o centro da cidade, pois é uma das partes mais isoladas de todo o distrito. Esta é uma das justificativas por trás do pouco investimento dos governos anteriores e ainda reduzido empenho estatal neste setor econômico e espacial.

Estrada do Stucky em Nova Friburgo - Foto: FAOL


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ROSAL | Bom Jesus de Itabapoana

Nascido Arrozal de Santana, o distrito de Rosal ganhou seu nome definitivo devido às belas rosas que lá nasciam. O nome charmoso veio quando Bom Jesus do Itabapoana se emancipou de Itaperuna, em 1938.


Hoje, o lugar é referência arquitetônica na região, uma vez que seu casario é formado por várias construções da época da colonização. Modernizadas pela pintura em tons de azul, verde, vermelho e amarelo, essas edificações ajudam a contar a história de Bom Jesus do Itabapoana.


O distrito fica no alto de uma serra, a 40 quilômetros do Centro. Lá, desde 1969, os moradores se reúnem, durante três dias, em uma confraternização que atrai gente de todas as idades. A Festa de Rosal acontece sempre em julho, bem pertinho do dia de Sant'Anna, a padroeira do lugar.


O evento é uma oportunidade de reencontro entre os que, de alguma forma, têm sua história ligada ao distrito. A festa começa às sextas-feiras, com um baile que, hoje, recebe grandes orquestras, como a Cuba Libre, a Tabajara e a  Corporação Musical Lira 14 de Julho, que há 90 anos anima as comemorações dos bonjuenses.


Usina Hidrelétrica de Rosal

A usina hidrelétrica de Rosal está localizada no rio Itabapoana, na divisa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, em área pertencente ao município fluminense de Bom Jesus do Itabapoana e aos municípios capixabas de Guaçuí e São José do Calçado. Construída pela Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema (EEVP), integrante de um conglomerado de empresas privadas de geração, distribuição e comercialização de energia (Grupo Rede), a usina de Rosal passou ao controle da Cemig em 2004.

Distrito de Rosal - Foto: Reprodução da internet

O primeiro estudo sobre Rosal foi realizado em 1942 por iniciativa do governo do estado do Rio de Janeiro e sob a responsabilidade do engenheiro Edmundo Franca Amaral, tendo em vista a implementação de programa de eletrificação na região norte fluminense. O estudo de Franca Amaral previu a construção de Rosal e mais três usinas no rio Itabapoana. Durante longo período, o governo do estado do Rio não tomou medidas concretas quanto ao aproveitamento de Rosal.


Em 1959, a Companhia Brasileira de Engenharia (CBE), contratada para elaboração de um plano de eletrificação estadual, reviu o estudo de Franca Amaral, recomendando novos parâmetros para a usina e o sistema hidrelétrico do rio Itabapoana.

Usina Hidrelétrica de Rosal - Foto: Reprodução da internet

Em 1991, a Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (Cerj), concessionária pública estadual, retomou a ideia da construção de Rosal, contratando a Engevix Engenharia para a elaboração do estudo de viabilidade e do projeto básico da usina. O capital privado assumiria a responsabilidade pela execução do empreendimento na esteira das reformas institucionais que modificaram o quadro regulador do setor elétrico brasileiro no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1998).


Um dos passos fundamentais para a abertura do setor à participação do capital privado foi dado em fevereiro de 1995 com a promulgação da lei nº 8.987, que condicionou a outorga da concessão de serviços públicos à sua licitação, determinando ainda a extinção das concessões com obras não iniciadas. Em abril do mesmo ano, o governo federal decretou a extinção de 33 concessões para aproveitamentos hidrelétricos, entre as quais, a da Cerj para Rosal.

Usina Hidrelétrica de Rosal - Foto: Reprodução da internet

O empreendimento foi concluído em menos de dois anos. A primeira unidade geradora entrou em operação comercial em dezembro de 1999 e a segunda em janeiro de 2000. As duas unidades são compostas por geradores de 27,5 MW de potência, fornecidos pela Asea Brown Boveri (ABB), e turbinas tipo Francis, com eixo vertical, fabricadas pela Alstom. A usina foi conectada ao sistema elétrico da Escelsa por meio de duas linhas de transmissão de 69 kV, implantadas até as subestações de Alegre e Mimoso, no sul do Espírito Santo, somando 77 km de extensão.


Em maio de 2000, a concessão da hidrelétrica foi transferida da EEVP para a empresa Rosal Energia, em consequência do processo de reestruturação interna do grupo Rede. A quase totalidade das ações da Rosal Energia foi adquirida no mês seguinte pela Caiuá Serviços de Eletricidade, holding operacional do grupo Rede.

Usina Hidrelétrica de Rosal - Foto: Reprodução da internet

Em dezembro de 2004, a Cemig adquiriu o controle acionário da Rosal Energia mediante o pagamento de R$ 134 milhões. A operação foi aprovada no mesmo mês pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) através da resolução nº 423. Rosal foi a primeira grande usina adquirida pela estatal mineira fora do estado de Minas Gerais.



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AVELAR | Paty do Alferes

Quando ainda pertencia à Vassouras, o território começou a se desenvolver em ritmo acelerado no século XVIII a partir da ocupação de terras da sesmaria de Pau Grande.



Na época, a região apenas servia de passagem entre o porto do Rio de Janeiro e as ricas Minas Gerais, com grandes florestas virgens e com índios coroados que por elas perambulavam. A sesmaria de Pau Grande (no atual distrito de Avelar) era uma roça que principiava a ser desbravada em plena selva. Muitos sesmeiros logo se agruparam em torno deste primeiro núcleo.



Destacada foi por muito tempo a posição de Vassouras como núcleo da aristocracia rural fluminense. A Fazenda Pau Grande  foi as maiores propriedades agrícolas do Município, tornando-se famosa pelo volume da produção cafeeira. A falta de braços para a lavoura de café, decorrente da abolição da #escravatura, em 1888, ocasionou o abandono das terras.

Casa-Sede Fazenda Pau Grande - Foto: Reprodução da internet

O café, fator preponderante do progresso de Vassouras, teve sua cultura abandonada, estando atualmente quase eliminada. Cedo, porém, verificou-se a reação contra os fatores negativos, passando o Município a cuidar de pequenas lavouras, principalmente das de hortaliças e cereais, desenvolvendo a pecuária e a indústria.



A Fazenda Pau Grande é uma propriedade rural construída no século XVIII com função original de engenho de cana de açúcar. O edifício principal foi erguido sobre pequena elevação, tendo à sua frente uma área ajardinada com canteiros e chafariz central, seguida de um extenso terreno em nível inferior, onde outrora se situava o grande terreiro de café. Três escadarias de pedra conduzem ao jardim suspenso e à entrada da sede principal. Nos fundos, uma encosta arborizada tangencia toda a construção e seus arredores, sendo o terreno à esquerda constituído pelo antigo engenho.

Estação Ferroviária de Avelar - Foto: Reprodução da internet

Em 1797 José Rodrigues da Cruz e Antonio dos Santos vendem uma terça parte da fazenda Pau Grande ao sobrinho Luis Gomes Ribeiro. A família Ribeiro de Avellar detém os outros dois terços. Em 1898, Joaquim Ribeiro Velho de Avellar cedeu terras para a passagem da ferrovia, que teve no mesmo ano inaugurada a Estação Avelar, em homenagem ao proprietário das terras.



Em 1943, pelo decreto-lei estadual de nº 1056, é criado o distrito, de Avelar (proveniente da famíilia proprietparia das terras da Fazenda Pau Grande) e anexado ao município de Vassouras. Em 1987 os distritos de Avelar e Paty do Alferes são desmembados de Vassouras e formam o novo município com denominação de Paty do Alferes.

Palntações de tomate - Foto: Reprodução da internet

Paty do Alferes manteve uma grande produção agrícola, tendo sido considerada, no seculo passado, o maior produtor de tomate do estado do Rio de Janeiro e o terceiro do Brasil. Em 1979, Paty do Alferes originou a Festa do Tomate, uma consagração da produção agrícola local ocorre anualmente na semana do feriado de Corpus Christi com a realização da Festa do Tomate no distrito de Avelar. Trata-se-se de uma semana técnica promovida por técnicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio de Janeiro (EMATER-RIO) e da CEASA-RJ no Mercado Produtor.



O objetivo inicial era apenas o realizar um encontro de aprimoramento técnico dos produtores rurais de Paty do Alferes com eventos paralelos de entretenimento.

O Rio de Janeiro tem três polos produtores: os arredores de Paty (Região Sul), de Sumidouro (Região Serrana) e de São José de Ubá (Noroeste Fluminense). Em Sumidouro, a colheita acontece na primeira metade do ano, quando o clima da Região Serrana ainda não é frio o suficiente para impossibilitar o crescimento do tomate. Em São José de Ubá, dá-se o contrário: o tomate é colhido no segundo semestre, período em que o calor do Noroeste Fluminense, atenuado pelo inverno, possibilita o plantio.



Foto: Reprodução da internet

Embora menor em área plantada (são 383 hectares), Paty é dona da maior produção, cerca de oito milhões de pés. Segundo estimativas da Emater-Rio (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural, subordinada ao governo do estado).



A razão do sucesso é simples: das três regiões, Paty é a única com clima perfeito para o plantio. Produz duas safras por ano. Não é nem tão quente, nem tão frio. Sensível e trabalhoso, o tomate leva meio ano para ficar pronto. Os primeiros três meses são dedicados ao plantio; os últimos três, à colheita. Apoiada em bambus, a planta pode chegar a dois metros de altura. O fruto é retirado de baixo para cima, em etapas, à medida que amadurece.

Foto: Reprodução da internet

Em Paty, o grosso da produção de tomate é do tipo caqui — graúdo e um pouco mais ácido, muito usado em saladas. Originário da América Central, o tomate começou a ser cultivado em 500a.C. pelos astecas do Sul do México, em Paty do Alferes, o tomate desembarcou com a imigração japonesa e italiana, no começo do século XX.



A região, que antes havia sido um polo cafeeiro, voltou então a um período ascendente. Em 1981, passou a organizar a Festa do Tomate — uma celebração anual com shows de música pop e sertaneja, onde se premia o melhor tomate do ano. No ano da emancipação de Paty do Alferes, 1987, a Festa do Tomate passou para a administração municipal. Desde então, passaram a ser contratados artistas de renome para apresentação nos eventos.

Foto: Reprodução da internet

Com a inauguração do Parque de Exposição Amaury Monteiro Pullig no distrito de Avelar, em 1995, a Festa do Tomate tornou-se a maior do gênero no estado do Rio de Janeiro.



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BREJAL | Petrópolis

Localizado na Posse, distrito de Petrópolis, o Brejal é um reduto de chácaras, sítios, fazendas, haras e pousadas que chamam, cada vez mais, a atenção de turistas e apaixonados por agricultura orgânica - uma de suas referências.


O Brejal é conhecido como um pequeno paraíso rústico, ideal para quem quer se conectar com as raízes do meio agrícola. O ar puro das montanhas é um dos motivos de o local ser considerado, por muitos, um pequeno paraíso rural.



Sem falar no verde dos campos que se mistura com a geometria das plantações de flores, ervas e legumes Após uma longa estrada asfaltada começa uma via de terra batida. Uma mercearia, instalada num trevo que divide as regiões chamadas de Albertos e a outra de Jurity, identifica a entrada do Brejal

Foto: Reprodução da internet

O Brejal é rico em agricultura e #avicultura, sendo referência no que fazem. A localidade já possuiu fábricas de tijolos e de doce.

Além de referência em agricultura orgânica, o Brejal, que reúne 2.200 habitantes, também é conhecido pela criação de aves para produção de alimentos, em especial carne e ovos.



Foto: Reprodução da internet

O Circuito Eco-Rural Caminhos do Brejal é um projeto turístico em que os 12 membros associados abrem suas propriedades à visitação.



O roteiro do passeio conta com a apresentação de ervas frescas e desidratadas, conservas orgânicas, azeites aromatizados, mudas de hortaliças e até criação de escargots.

Foto: Reprodução da internet

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MONNERAT | Duas Barras

O 2° distrito do município de Duas Barras, localiza-se na região serrana do estado do Rio de Janeiro, a uma altitude de 597 metros, e apresenta temperaturas médias de 8° no inverno e 25° no verão.


Monnerat é hoje cortada pela estrada RJ-116, ligando Nova Friburgo ao Centro-Norte fluminense. Em julho de 1819, cerca de dois mil suíços deixaram as montanhas geladas de seu país e embarcaram em Estavayer-le-Lac, no território helvético, em uma viagem pelo rio Reno em direção à Holanda. Ali ficaram acampados para aguardar os navios que cortariam o Oceano Atlântico rumo ao Brasil. 



Foto: Reprodução da internet

Em consequência das baixas temperaturas, da umidade local, da escassez de alimentos e péssimas condições de higiene, logo surgiram os primeiros doentes de malária, tifo e varíola.



Três meses depois de chegarem ao acampamento holandês, quase 400 suiços não sobreviveram à aventura. Em fevereiro de 1820, aportaram no Rio de Janeiro 1630 imigrantes suiços que subiram para as serras friburguenses.


Uma das primeiras famílias a pisarem nas terras do Morro Queimado, hoje Nova Friburgo, foram os Monnerat, que impegnaram a região serrana com os hábitos e cultura de sua terra natal. No município instalou-se a primeira colônia suíça do continente.



No final do século XIX foi uma importante estação de trem da Estrada de Ferro Leopoldina, onde grande parte da produção agrícola e pecuária da família foi por ali exportada através da firma Viúva Monnerat & Filhos.

Locomotiva chegando na Estação Monnerat - Foto: Reprodução da internet


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ILHA DA MADEIRA | Itaguaí

A Ilha da Madeira é porta de entrada para outras ilhas da região. A devastação para construção do Superporto Sudeste, transfoou o bairro outrora residencial e turístico em um canteiro de obras repleto de poeira e barulho de máquinas.


A região, que sofre com a consequência de desastres ambientais passados, tenta agora se recuperar e ir de encontro aos interesses na exploração desordenada da região.


As obras de saneamento da baixada de Sepetiba (1935 a 1945) e a transposição das águas do rio Guandu (na segunda metade do século XX), para melhorar o abastecimento de água da cidade do Rio de Janeiro, retificaram toda a bacia de drenagem da baía de Sepetiba, alterando drasticamente a fisiografia local.


A industrialização e a urbanização da região com sucessivos aterros vêm levando a uma transformação radical da paisagem e a um cenário de intensa degradação ambiental. Por exemplo, a localidade da Ilha da Madeira à foz do rio Cação, tem essa denominação por ter sido no século XVIII uma porção de terra desconectada do continente.


Após diversos aterros e mudanças na estrutura local, a porção de terra já está conectada diretamente ao continente, deixando então de ser uma ilha.

Ilha da Madeira - Foto: Reprodução da internet


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