ROSAL | Bom Jesus de Itabapoana

Nascido Arrozal de Santana, o distrito de Rosal ganhou seu nome definitivo devido às belas rosas que lá nasciam. O nome charmoso veio quando Bom Jesus do Itabapoana se emancipou de Itaperuna, em 1938.


Hoje, o lugar é referência arquitetônica na região, uma vez que seu casario é formado por várias construções da época da colonização. Modernizadas pela pintura em tons de azul, verde, vermelho e amarelo, essas edificações ajudam a contar a história de Bom Jesus do Itabapoana.


O distrito fica no alto de uma serra, a 40 quilômetros do Centro. Lá, desde 1969, os moradores se reúnem, durante três dias, em uma confraternização que atrai gente de todas as idades. A Festa de Rosal acontece sempre em julho, bem pertinho do dia de Sant'Anna, a padroeira do lugar.


O evento é uma oportunidade de reencontro entre os que, de alguma forma, têm sua história ligada ao distrito. A festa começa às sextas-feiras, com um baile que, hoje, recebe grandes orquestras, como a Cuba Libre, a Tabajara e a  Corporação Musical Lira 14 de Julho, que há 90 anos anima as comemorações dos bonjuenses.


Usina Hidrelétrica de Rosal

A usina hidrelétrica de Rosal está localizada no rio Itabapoana, na divisa dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, em área pertencente ao município fluminense de Bom Jesus do Itabapoana e aos municípios capixabas de Guaçuí e São José do Calçado. Construída pela Empresa de Eletricidade Vale Paranapanema (EEVP), integrante de um conglomerado de empresas privadas de geração, distribuição e comercialização de energia (Grupo Rede), a usina de Rosal passou ao controle da Cemig em 2004.

Distrito de Rosal - Foto: Reprodução da internet

O primeiro estudo sobre Rosal foi realizado em 1942 por iniciativa do governo do estado do Rio de Janeiro e sob a responsabilidade do engenheiro Edmundo Franca Amaral, tendo em vista a implementação de programa de eletrificação na região norte fluminense. O estudo de Franca Amaral previu a construção de Rosal e mais três usinas no rio Itabapoana. Durante longo período, o governo do estado do Rio não tomou medidas concretas quanto ao aproveitamento de Rosal.


Em 1959, a Companhia Brasileira de Engenharia (CBE), contratada para elaboração de um plano de eletrificação estadual, reviu o estudo de Franca Amaral, recomendando novos parâmetros para a usina e o sistema hidrelétrico do rio Itabapoana.

Usina Hidrelétrica de Rosal - Foto: Reprodução da internet

Em 1991, a Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (Cerj), concessionária pública estadual, retomou a ideia da construção de Rosal, contratando a Engevix Engenharia para a elaboração do estudo de viabilidade e do projeto básico da usina. O capital privado assumiria a responsabilidade pela execução do empreendimento na esteira das reformas institucionais que modificaram o quadro regulador do setor elétrico brasileiro no primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1998).


Um dos passos fundamentais para a abertura do setor à participação do capital privado foi dado em fevereiro de 1995 com a promulgação da lei nº 8.987, que condicionou a outorga da concessão de serviços públicos à sua licitação, determinando ainda a extinção das concessões com obras não iniciadas. Em abril do mesmo ano, o governo federal decretou a extinção de 33 concessões para aproveitamentos hidrelétricos, entre as quais, a da Cerj para Rosal.

Usina Hidrelétrica de Rosal - Foto: Reprodução da internet

O empreendimento foi concluído em menos de dois anos. A primeira unidade geradora entrou em operação comercial em dezembro de 1999 e a segunda em janeiro de 2000. As duas unidades são compostas por geradores de 27,5 MW de potência, fornecidos pela Asea Brown Boveri (ABB), e turbinas tipo Francis, com eixo vertical, fabricadas pela Alstom. A usina foi conectada ao sistema elétrico da Escelsa por meio de duas linhas de transmissão de 69 kV, implantadas até as subestações de Alegre e Mimoso, no sul do Espírito Santo, somando 77 km de extensão.


Em maio de 2000, a concessão da hidrelétrica foi transferida da EEVP para a empresa Rosal Energia, em consequência do processo de reestruturação interna do grupo Rede. A quase totalidade das ações da Rosal Energia foi adquirida no mês seguinte pela Caiuá Serviços de Eletricidade, holding operacional do grupo Rede.

Usina Hidrelétrica de Rosal - Foto: Reprodução da internet

Em dezembro de 2004, a Cemig adquiriu o controle acionário da Rosal Energia mediante o pagamento de R$ 134 milhões. A operação foi aprovada no mesmo mês pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) através da resolução nº 423. Rosal foi a primeira grande usina adquirida pela estatal mineira fora do estado de Minas Gerais.



Share:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Principais Asuntos

barcas (5) brt (6) Caminhos (11) cidades (11) corredores (17) destaque (5) empresas (19) exportado (14) extinto (5) ferrovia (6) ferrovias (16) guanabara (3) iconeI (2) iconeII (2) ilhagrande (1) intermunicipais (45) Localidades (29) Malha (9) metro (3) mobilidade (34) Moovit (1) municipais (12) municipios (11) noticias (102) onibus (65) perigo (1) ramais (1) regiões (12) rotas (29) rotas1 (29) seletivos (12) staff (7) Terminais (12) transbrasil (2) transcarioca (1) transolimpico (1) trens (16) turistico (2) vlt (7)

As Mais Lidas

Postagens Recentes