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Rotas Fluminenses: 490B Miguel Couto x Central via Luís de Lemos

Dados da linha:
Linha: 490B Miguel Couto x Central via Luís de Lemos
Empresa: RJ156 Transportadora Tinguá Ltda
Tipo: Urbana Intermunicipal

A linha parte da Rua Marli Pereira de Carvalho. Essa da rua correspondente à denominação de Terminal Rodoviário de Miguel Couto.



O local conhecido como Terminal Rodoviário de Miguel Couto está no traçado do antigo leito do Ramal de Jaceruba da E.F. Rio Douro. No local também havia a estação ferroviária do bairro. Atualmente demolida.

Saindo do "terminal" entramos na Rua Cameron em direção ao Parque Ambaí e seguimos pela Rua Hermelinda até chegramos nos trilhos da Estrada de Ferro Linha Auxiliar.


Ambaí e Parque Ambaí

O surgimento das ocupações nessa região está relacionado à abertura da Estrada de Ferro Melhoramentos em 1898.
A linha fazia a ligação entre Japeri e a Mangueira, posteriormente à Barão de Mauá.


Em 1968 foi construída a linha Ambaí-São Bento. Essa iniciava na Estação Ambaí da Linha Auxiliar (E.F. Melhoramentos)e atravessava o Ramal de Jacutinga da E.F. Rio Douro em Miguel Couto e seguia até São Bento onde fazia a ligação com a E.F. Leopoldina.
A linha Ambaí-São Bento foi suprimida em 1968, com isso a estação que ficava ao lado do Rio das Velhas também foi desativada.

A prosperidade do local chegou com a implantação da Estrada do Ambaí, atual Avenida Henrique Duque Estrada Mayer, ligando Nova Iguaçu à Miguel Couto - até então o seu bairro-metrópole.

Em 1999 Ambaí foi dividido em dois. Através do Decreto de nº 6.083 ficou estabelecido:
À oeste da Estrada de Ferro: Ambaí
À leste da Estrada de Ferro: Parque Ambaí

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Agora de frente com a ferrovia entramos à esquerda na Rua Doutor Borgueth e atravessamos a passagem de Nível e chegamos na Vila Bela Vista e seguiremos a Estrada Luís de Lemos até o fim, passando pelo Carmari.

Chegamos na Posse e entramos na RJ-111 Avenida Duque Estrada Mayer até a Avenida Governador Roberto Silveira, essa se inicia próximo ao Viaduto da Posse e segue eté o centro de Nova Iguaçu terminando ao lado do Terminal Rodoviário e embaixo do Viaduto Padre João Musch, na esquina com a Avenida Marechal Floriano Peixoto.


RJ-111 Estrada Zumbi dos Palmares

A RJ-111 possui 28,0 km de extensão, ligando o bairro da Posse à localidade de Tinguá, ambos no município de Nova Iguaçu.

O caminho foi aberto no século XVIII ligando a antiga sede do município de Iguaçu velho à Maxambomba (atual sede do município hoje chamado Nova Iguaçu. Em 1883 com a construção da Estrada de Ferro Rio Douro, o trecho entre Ambaí e Tinguá serviram aos ramais de jaceruba e Tinguá suprimidos na década de 1960.

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Após atravessarmos o Viaduto da Posse sobre a BR-116 Rodovia Presidente Dutra e chegamos em Moquetá, onde seguimos por algumas ruas que darão acesso a Via Dutra passando ao lado do Aeroclube de Nova Iguaçu.

O acesso à BR-116 é feito pela Avenida Doutor Salles Teixeira. Pela Rodovia Presidente Dutra seguiremos até o Trevo das Margaridas no entroncamento com a Rodovia BR-101 Governador Mário Covas (Avenida Brasil).

Em Nova Iguaçu passamos por Moquetá, após a ponte sobre o Rio Botas estamos no Centro e chegamos ao bairro Califórnia após a Rua Frederico de Castro Ferreira. Continuando em frente passamos por Vila Nova após a esquina com a RJ-105 Rua Oscar Soares e saímos de Nova Iguaçu após a travessia do Rio da Prata.

Agora em Mesquita passamos rapidamente por Jacutinga e pelo Bairro Industrial que termina na Rua Coelho da Rocha, onde há o viaduto que faz a ligação de Mesquita com Belford Roxo. Deste ponto até o Rio Sarapuí passamos pelo BNH.

Do outro lado do Rio Sarapuí chegamos em São joão de Meriti no bairro Grande Rio, que nada tem há ver com o Shopping. Em seguida cortamos Coelho da Rocha, onde atravessamos o Ramal de Belford Roxo da Supervia. Passando pela Vila Rosali chegaremos ao Jardim Meriti após o acesso da Rua Pernambucana.

Após o cruzamento com o viaduto da estrada RJ-085 Avenida Automóvel Clube chegamos ao Centro do município, o qual seguiremos até ponte sobre o Rio Pavuna,, deixando então o município.

Na Capital nosso primeiro bairro é a Pavuna, onde passamos pelo Distrito Industrial. Aqui se inicia a RJ-071 Via Expressa Presidente João Goulart (Linha Vermelha). Em poucos metros estamos no Parque Colúmbia entre o viaduto da Avenida Coronel Phidias Távora e o Rio Acari.

Após o Rio Acari chegamos em Irajá, onde passamos pela Superintendência Regional do DNIT e pelo Trevo das Margaridas, onde termina a Via Dutra no entroncamento com a BR-101 Avenida Brasil.


Trevo das Margaridas

Nossa aérea de hoje, do segunda metade dos anos 50, mostra a ainda em obras Avenida das Bandeiras com um dos seus conjuntos de viadutos mais importantes já concluído, o Trevo das Margaridas.

A Av. das Bandeiras construída como prolongamento natural da Av. Brasil, a partir de Parada de Lucas tinha a finalidade de ser uma via de penetração rumo ao Sertão Carioca, interligando e racionalizando o acesso de vários bairros, bem como se conectar com bairros longíquos perto das fronteiras do então Distrito Federal.

Além disso a Av. das Bandeiras iria racionalizar o acesso à São Paulo, como anos antes a Av. Brasil tinha feito, eliminado o transito por dentro dos subúrbios da Leopoldina e o mais importante se conectando com um trecho da nova Via Dutra que trouxe no início da década a estrada mais para perto do centro da cidade.

Trevo das Margaridas nos anos 50 - Vista Alegre

A antiga Rio-São Paulo dava uma grande volta por Itaguaí e Nova Iguaçu e desembocava em Campo Grande. Nossa foto mostra a Av. das Bandeiras já funcional nesse trecho, bem como os viadutos do trevo, inclusive já duplicados. Mas um pouco mais a frente tem-se a nítida noção que a Dutra ainda não está totalmente pronta ou funcionando em pista simples, pois vemos apenas um grande caminho de terra e não notamos o asfalto. O que contraria as informações oficiais que dizem que nos anos 50 as pistas eram duplicadas do trevo até Seropédica.

Conjunto técnico-funcional-industrial do DER-DF, final dos anos 50

O grande complexo mais à frente é a usina do de asfalto do DER-DF, hoje Funderj, complexo este que já teve muita importância nos anos 60 e 70 com seu laboratório de engenharia, à época um dos mais importantes e sofisticados do país nos estudos de estruturas e massa asfáltica.

O grande terreno, com a saída da capital para Brasília foi dividido entre a Guanabara e o Gov. Federal e depois da fusão a parte da Guanabara foi novamente fracionada entre o Estado do Rio e a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. No pé da imagem podemos observar que o bairro de Jardim América praticamente não existia.


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Acessamos a Avenida Brasil no sentido Centro e após passarmos pelas torres de transmissão da Light chegamos em Parada de Lucas, onde passamos sobre a Estrada de Ferro Leopoldina na altura da estação Parada de Lucas.

Chegando às margens dos conjuntos da Cidade Alta, estamos em  cordovil e em instantes no entroncamento com a BR-040 Rodovia Washington Luiz no Trevo das Missões.

Continuamos na Avenida Brasil e chegamos n Penha Circular após a ponte sobre o Rio Irajá. Até a Avenida Lobo Júnior todo bairro é industrial, sediando diversos galpões, pátios e armazéns. Então chegamos na Penha que mantém as mesmas características do bairro anterior.

Na altura da Central de tratamento da CEDAE havia uma ferrovia que cruzava a região em direção ao Porto de Maria Angu. A região foi aterrada para construção da Avenida Brasil. Hoje o local onde havia  o antigo porto abriga o Centro de Educação Física Adalberto Nunes, de propriedade da Marinha.


Porto de Maria Angu

A região praieira da Penha, próxima aos mangues do Saco do Viegas, era chamada de “MARIANGU”, nome indígena de uma ave abundante no litoral da Baía de Guanabara.


Nela surgiu o Porto de “Maria Angu”, do qual partiam embarcações para o centro do Rio de Janeiro colonial. No início do século XX, o Prefeito Pereira Passos instalou no Porto de “Maria Angu”, uma ponte para as barcas da Cantareira atracarem, ligando a Penha à Praça XV, com conexão para a Ilha do Governador.

Os grandes aterros que ocorreram nesta área fizeram desaparecer toda a sua orla marítima. No lugar, foi aberta a avenida Brasil e o atual Complexo da Marinha.

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Agora passamos por Olaria e Ramos, onde encontramos com o Corredor Transcarioca do BRT. do outro lado, a favela Parque união, no Complexo da Maré. Após a passarela 9 chegamos em Bonsucesso.

Assim como nos bairros anteriores, em Bonsucesso também há um "cinturão" industrial nas no percurso da Avenida Brasil, possuindo sede de transportadoras e empresas diversas à frente da área residencial, que fica no interior desses bairros.

Ao chegarmos no viaduto da Avenida Governador Carlos Lacerda (Linha amarela) chegamos em Manguinhos, onde passamos pela Fundação Oswaldo Cruz e pela Refinaria de Manguinhos, além da travessia sobre o Canal do Cunha, que inicia no encontro dos Rios Jacaré e Faria, no Conjunto Nelson Mandela. O conjunto foi construído em uma área aterrada onde haviam alagados e era conhecida como Praia Rasa.

Foto: Reprodução

Na divisa dos bairros Manguinhos e Benfica passamos embaixo do viaduto da linha cargueira Japeri-Arará. Esse viaduto foi construído em 1974, mesmo ano em que foi inaugurada a Ponte Rio-Niterói. Antes da existência do viaduto havia uma passagem de nível no local.


Foto: Reprodção


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Agora em Benfica, passamos brevemente até a Rua Prefeito Olimpo de Melo no bairro de Benfica, e depois seguimos por São Cristóvão até o acesso ao Viaduto do Gasômetro e à Ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói).

No bairro do Caju seguimos por baixo do Viaduto o Gasômetro até o Canal do Mangue. Após a travessia deste chegamos no Santo Cristo, onde está localizada a Rodoviária Novo Rio.

Agora na Avenida Rodrigues Alves seguimos até a Gamboa, onde na altura da Cidade do Samba acessamos a Via Binário do Porto. Seu percurso contempla o Túnel da Saúde, que atravessa o morro com o mesmo nome e nos leva até a Avenida Venezuela.

Com a inauguração da Via Expressa da Avenida Rodrigues e do Túnel Marcelo Alencar em 2016, as linhas de ônibus que circulam na região tiveram se trajeto alterado.


Entramos na Rua Barão de Tefé e continuamos pela Rua Camerino, a mudança de nome ocorre após o cruzamento com a Rua Sacadura Cabral, mesmo ponto onde está localizado o Cais do Valongo. 

As ruas Barão de Tefé e Camerino fazem divisa entre os bairros da Saúde e da Gamboa.

Ao chegar na Praça dos Estivadores, entramos na Rua Barão de São Félix, essa também limita o bairro da Gamboa com o Centro. Seguimos por ela até o fim, no Terminal Rodoviário Américo Fontenelle.


A linha para na plataforma C do terminal, sendo ela a primeira da fila, dividindo suas baias com as variantes executivas.


Morro da Providência

Integrante do perímetro reconhecido como Zona Portuária, o Morro da Providência é considerado pelos pesquisadores como a primeira favela do Brasil: o Morro da Favela. 


No fim dos século XIX, após a instalação da Estação Central, ruas foram abertas e consolidadas na área pelos donos das pedreiras e proprietários de terras e negócios. O comércio de atacado e as oficinas para conserto de carroças proliferam pelas ruas do Príncipe e da Princesa, antigas nominações das ruas Senador Pompeu e Barão de São Félix. Os armazéns de secos e molhados proliferaram em toda a extensão da circunferência que partia do Largo do Depósito – hoje Praça dos Estivadores – até o Morro da Providência.

A diversificação dos gêneros alimentícios e a proximidade das fábricas da região com o Centro aumentou o trabalho dos ambulantes, já que a circulação de pessoas era muito grande. Por conta do fluxo crescente no entorno da Estação ao longo do século XIX e início do XX, foi instalado ali em 1978 o Terminal Rodoviário Américo Fontenelle, hoje em processo de reconstrução.

Estação Central do Brasil
A sua arquitetura, com plataformas largas e abertas para a rua, possibilitou que trabalhadores ocupassem seu interior para a venda de mercadorias. A área do Morro da Providência é extensa e composta por mais de uma dezena de localidades: Pedra Lisa, Sessenta, Morrinho, Barão da Gamboa, Grota, Toca, Cantão, Bica, Nova Brasília, Ladeira do Faria, Ladeira do Barroso, 6 Escadaria, AP, Cruzeiro, Largo da Igreja, Buraco Quente.

Há ainda a área limítrofe à favela, chamada também de área da Central que é composta por: Cajueiros – eixo da Rua Audomaro Costa com a Alfredo Dolabela Portela; área da Barão de São Felix e da Senador Pompeu, e área da Rua Rego Barros. Além dessas localidades temos a área entre o Morro e a Baía, que é conhecida como: Livramento, Marítima, Vila dos Portuários, Praça dos Servidores, Pedro Ernesto.

Porto do RJ - Início do século XXI

Toda essa zona, especialmente aquela localizada entre os bairros da Saúde e Gamboa – que fazem junto com o bairro do Santo Cristo limite com o Morro da Providência – foram palco de duas importantes revoltas no início do século XX: a Revolta das Carnes Verdes (1902) e a Revolta da Vacina (1904). 

Essas manifestações de resistência eclodiram nas ruelas desses bairros contra ações e determinações oficiais que prejudicavam e alteravam negativamente o cotidiano dos pobres, condição da maioria dos habitantes dessas áreas. Revoltados contra imposições dos governantes, os pobres rebelaram-se exigindo mais informações e melhores condições de vida, seja através da exigência de melhores preços e variedade nos alimentos, seja contra a ação das políticas de estado sobre seus corpos.


As transformações relacionadas às atividades no cais do porto também geraram impacto na vida dos trabalhadores que viviam delas e por intermédio dessas atividades estabeleceram ou fixaram moradia na área entorno do cais. A região portuária leva o trabalho portuário no nome das ruas, na sociabilidade dos percursos, e na organização da classe – os sindicatos ligados ao trabalho no porto estão todos instalados ali.



Curiosidades:

A linha teve origem na Viação Presmic na década de 50 com trajeto até o Terminal Mariano Procópio na Praça Mauá


A trajetória da Viação Presmic foi marcada por diversas tragédias, levando o seu fechamento em 1975, quando foi absorvida pela Transportadora Tinguá que na época operava linhas municipais em Nova Iguaçu e outras intermunicipais.

Com a inauguração do Terminal Rodoviário Coronel Américo Fontenelle em 1978, a linha ganha uma variante com aquele destino (Central).



Em 1975 a Transportadora Tinguá passava por uma nova reestruturação.
Com a aquisição da Presmic, a Tinguá criou a Viação Rival e a Rio Lisboa, onde houve a divisão das linhas e setores.

Transportadora Tinguá > Passou a operar apenas no setor intermunicipal (Linhas ex Presmic)
Rio Lisbôa Transporte e Turismo > Belford Roxo x Bonsucesso (ex Tinguá)
Rival Transportes > Linhas Municipais de Nova Iguaçu (ex Tinguá)
*Em 1975, a Viação Rival foi extinta e as linhas passaram a ser operadas pela Elmar, extinta em 2008.

* Sua linha Caxias x Nova Iguaçu foi passada para a Master Transp.


Versões Rodoviárias


Através da portaria do Departamento de Transporte Rodoviário n° 1150 de 28 de maio de 2014, as linhas e serviços metropolitanos Seletivos/Especiais de transporte coletivo operado por ônibus rodoviários receberam numerações exclusivas.




As linhas seletivas da 490B receberam os códigos:


2490B Miguel Couto x Praça Mauá via Luís Lemos e Linha Vermelha
4490B Miguel Couto x Central via Luís Lemos e Avenida Brasil


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Referências Bibliográficas
Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu, Estradas de Ferro, Cia de Ônibus, Rio Ônibus, Formação das Estradas de Ferro do Rio de Janeiro, Porto Maravilha, Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio que Passou, Portal GEO, Hospedaria Ilha das Flores, Subúrbios do Rio, Fundação Rosa Luxemburgo, Mundo em Mutação.
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Rotas Fluminenses: 400M Bairro das Palmeiras x Niterói via Nova Cidade

Dados da linha:
Linha 400M - Bairro das Palmeiras x Niterói via Nova Cidade
Empresa: RJ 105 Auto Viação ABC


Tipo: Urbana Intermunicipal




A linha parte da Plataforma 5 do Terminal Rodoviário João Goulart no Centro de Niterói.



Terminal Rodoviário João Goulart

Terminal Rodoviário João Goulart começou a ser construído em 1992 e inaugurado em 1995, seu nome homenageia o ex-presidente da República João Goulart.



Terminal Rodoviário João Goulart

É dividido em 13 plataformas, conta com 102 linhas de ônibus municipais e intermunicipais em seus 15.454 metros quadrados administrados pela NITER - Niterói Terminais Rodoviários, autarquia municipal responsável pela administração do terminal, embora sua operação fique atualmente a cargo de uma concessionária privada, a TERONI.



O Terminal abriga linhas com rotas dentro do município de Niterói e rotas com destinos intermunicipais e interestaduais, incluindo Grande Niterói, Cidade do Rio de Janeiro, Região dos Lagos e Baixada Fluminense.




Antes da inauguração as várias de ônibus ficavam espalhadas pelas vias do Centro, principalmente na própria Avenida Visconde de Rio Branco, grande parte em um terminal bem mais modesto, formado por calçadões que tinham coberturas circulares, os Terminais Urbanos Juscelino Kubitschek de Oliveira e Agenor Barcelos Feio (respectivamente chamados de Terminal Norte e Terminal Sul), implantado prefeito Moreira Franco em 1977 e 1982.


Plano de Aterro da Praia Grande
O prefeito João Sampaio governou entre 1993 1996 e deu continuidade ao projeto denominado Plano Urbanístico do Aterro Norte, em função do qual a prefeitura promoveu um reparcelamento da área do aterro, que permitiu a construção do Terminal Rodoviário Urbano de Niterói (Terminal Rodoviário João Goulart) e a duplicação da principal avenida do Centro, a Avenida Visconde do Rio Branco.



Saindo do terminal, a linha segue pela Avenida Feliciano Sodré até acessar a Avenida do Contorno no Largo do Barradas.
A Avenida do Contorno é integrante da BR-101 Sul (Rodovia Governador Mário Covas).
No Largo do Barradas passamos pelas alças de sbida e descida da Ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói).



Av. Feliciano Sodré, entre os bairros da Ponta d'Areia e São Lourenço - Construção da Ponte Presidente Costa e Silva - 1973

Em grande parte do trajeto, a linha segue o itinerário paralelo ao leito do antigo ramal de trens.


Linha do Litoral - Ramal Niterói x Visconde de Itaboraí


Construído em 1874 pela Cia. de Ferro Carris Niteroiense e depois incorporada pela Leopoldina em 1887, o trecho entre Maruí e Visconde de Itaboraí foi aberto aos trens metropolitanos em 1932 com dois trens diários.
Estação General Dutra

A linha foi incorporada à linha que seguia para Campos, chamada de "linha do Litoral". Mais tarde, trens metropolitanos passaram a correr pelo trecho, como também por aí passavam as composições que saíam de Niterói e seguiam para Campos e Vitória.


Em 1930, com a construção da estação General Dutra e a extensão dos trilhos, é iniciado o serviço de trens suburbanos no ramal de Niterói, entre as estações de Niterói - General Dutra e Pedro de Alcântara, em função do explosivo crescimento populacional de São Gonçalo.



O serviço de bondes elétricos e ônibus já não atendiam com eficiência o transporte de passageiros na ligação Niterói x São Gonçalo. Posteriormente a linha é estendida até Guaxindiba e depois até Visconde de Itaboraí.

Após Visconde de Itaboraí, a linha foi estendida até Cachoeira de Macacu e Rio Bonito, cujas atividades foram encerradas devido a pressões políticas de grupos de transporte concorrentes.


Estação Santana do Maruí - 2005
Com a transferência do controle para CBTU em 1984, o serviço passou a não ter mais manutenção, e mais tarde pela CENTRAL Logística, a empresa que substituiu a parte da Flumitrens que não foi privatizada, ou seja, não passou para a SuperVia. Desta forma, passou a correr os 33 km de linha com trens velhíssimos e sem nenhuma segurança.

Em dezembro de 2004, por causa de um roubo de tubulação entre Guaxindiba e Itambi, a linha foi destruída nesse ponto, o que ocasionou a parada do trem e a conseqüente invasão do leito e construção de moradias. Em agosto de 2005, ele voltou a circular e no final de 2006 ele voltou a ser desativado.



Estação General Dutra

A estação de Niterói foi inaugurada em 1930, como resultado de três anos de obras resultantes de um acordo da Leopoldina com o Estado do Rio de Janeiro.



Estação General Dutra - Avenida Feliciano Sodré
Ela foi construída sobre um aterro que avançou sobre o mar, junto ao Cais de São Lourenço. Ela substituiu a antiga estação de Maruí, de onde partiam os trens da Leopoldina até essa data, e da qual dista cerca de um quilômetro e meio. A linha foi estendida de Maruí contornando a enseada até chegar à estação nova.
Em 1973, com a construção da Ponte Rio-Niterói, os trilhos foram removidos e a estação desativada.




Estação Santana do Maruí


Construída em 1871, a estação foi inaugurada 
pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense nas proximidades da orla da baía de Guanabara, no bairro do Barreto.

Pátio de manobras da estação Santana do Maruí
Em 1887, a Leopoldina comprou a empresa e absorveu a linha. A estação funcionou como tal até 1930, quando foi substituída pela estação nova de Niterói, chamada por algum tempo, nos anos 1940, de General Dutra.


Estação Maruí
Até 1926, quando ocorreu a ligação entre a estação de Barão de Mauá e a linha que ligava Niterói a Campos, a estação era o ponto de partida para os trens que dali saíam no sentido de Campos e de Vitória.

Para se chegar a ela vindo do Rio de Janeiro, tomavam-se as barcas para Niterói. Depois, continuou também servindo para isso, mas o movimento diminuiu. Com a construção da estação de General Dutra, diminuiu mais ainda. 


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Voltando à nossa viagem, n
o Barreto a Avenida do Contorno passa a chamar Rodovia Niterói-Manilha, essa mudança ocorre no entroncamento com a Estrada RJ-100 Rua João de Deus Freitas.



RJ-100 Barreto x Rio do Ouro

A RJ-100 serve de limite entre os municípios de Niterói e São Gonçalo em toda sua extensão, do Barreto ao Rio do Ouro. Em sua importância, a via liga a BR-101 à RJ-106 Rodovia amaral Peixoto (Rodovia Tronco Norte Fluminense) conectando com a RJ-104 Rodovia Niterói-Manilha.

Em seus 37km, a RJ-100 recebe cinco nomes em sua extensão:
Barreto - Rua João de Deus Freitas
Barreto x Fonseca - Rua Doutor Marchi
Baldeador x Santa Bárbara - Estrada Bento Pestana
Santa Bárbara x Baldeador - Rodovia Prefeito João Sampaio
Baldeador x Maria Paula - SECCIONADA COM A RJ-104
Maria Paula x Rio do Ouro - Rodovia Prefeito João Sampaio
Rio do Ouro x Maria Paula - Estrada da Paciência
Maria Paula x Até o fim - Rodovia Prefeito João Sampaio.






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Saindo da Avenida do Contorno, entramos na RJ-100 até a Praça do Barreto, onde então seguimos pela Rua Oliveira Botelho. Após passarmos sobre a ponte do Rio Bomba chegamos ao bairro Neves, no município de São Gonçalo.


Na altura da Rua Marechal Floriano Peixoto, havia um cruzamento com a Estrada de Ferro de Maricá, que iniciava na Estação Neves.



Estrada de Ferro de Maricá

Estação Neves
Estação Neves
Era da estação de Neves que saía o ramal rumo a Maricá e Cabo Frio. Estava localizada à beira mar, com os escritórios e instalações para passageiros e carga. A linha seguia pela rua até cruzar com a Leopoldina, até por volta de 1963 quando foi firmado um acordo entre as duas ferrovias, permitindo que os trens da E. F. Maricá utilizassem a estação General Dutra.






Com a desativação dessa linha, o prédio serviu de quartel e depois abrigou a 73ª DP. Agora serve de arquivo e carceragem para a polícia.



No município de São Gonçalo, a última estação da Estrada de Ferro de Maricá era a Estação Calaboca.



A estação de Calaboca foi inaugurada em 1940 e desativada em 1964. Até 2009 o prédio estava abandonado dentro de um pasto em estado deplorável. Além dela havia um túnel distante mais ou menos 400 metros.







Em 2015, a direção do Parque Estadual da Serra da Tiririca (PEST) registrou queixa na delegacia da Polícia Federal de Niterói para denunciar a derrubada da antiga estação de Calaboca, que fazia parte da extinta Estrada de Ferro Maricá. A estação estava numa área que foi anexada ao parque em 2007. O diretor do PEST, Jhonatam Ferrarez, recebeu uma denúncia anônima sobre a demolição do prédio, construído em 1940. Ele foi ao local, na Estrada de Itaipuaçu, a pouco mais de 200 metros da RJ-106, e constatou o crime ambiental. A antiga estação ficava em meio a várias mangueiras.

O local foi cercado, e uma porteira foi instalada há pouco tempo. Todos os vestígios da estação foram retirados do local.
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Voltando à 400M, chegando em Vila Lage a via se torna Rua Doutor Alberto Torres até o Porto velho, onde passa então a chamar Rua comandante Ari Parreiras até a esquina com a Rua Visconde de Itaúna no bairro Porto Novo.

Na Rua Doutor Francisco Portela seguimos em direção à Praça Zé Garoto e vamos em frente na Rua Coronel Moreira César. Já na região do centro comercial e empresarial de São Gonçalo, a linha segue pelas ruas Feliciano Sodré e Doutor Nilo Peçanha.


Ao chegar em Nova Cidade, entramos na Rua Vicente de Lima Cleto e seguimos até a BR-101 Rodovia Governador Mário Covas no bairro Pião. Dali seguimos em frente e passamos embaixo do viaduto da rodovia.

Ao atravessar chegamos em Itaúna, onde seguimos a Estrada Conceição até o Largo Itaúna e acessamos a última rua da nossa viagem: A Estrada das Palmeiras. Por ela seguimos até o Bairro das Palmeiras e paramos na esquina com a Travessa Levi Miranda.




Bairro das Palmeniras

Na década de 1960, quando, ao nomear a Estrada que ia de Itaúna até o Salgueiro, a rua no entorno do morro do Salgueiro recebeu o nome de Estrada das Palmeiras, já que nos morros do Salgueiro existem muitas palmeiras.

Estrada das Palmeiras

Com a construção, na década de 1980, do Conjunto Habitacional na área de mangue ao lado do do chamado Rio Morto, afluente do Guaxindiba, que desagua na Baia de Guanabara, precisavam de um nome para o bairro daí o nome Bairro das Palmeiras, pois a continuação da Estrada, que acabava no mesmo rio. A construção foi feita pela Caixa de Construções da Marinha do Brasil, e foram usados centenas de caminhões de aterro para afastar o mangue.



Com o passar do tempo, foi construido também mais à frente o Conjunto da PM  para abrigar os policiais militares e suas famílias, mas a localidade tem o nome do primeiro conjunto.

Atualmente o bairro é simplesmente chamado de “Palmeiras”.



Informações da linha:

A linha 400M possui uma complementar e uma variante:

A linha 1400M Bairro das Palmeiras x Niterói via Nova Cidade faz o mesmo trajeto da 400M, diferenciando apenas na frota utilizada.





A linha 3400M Bairro das Palmeiras x Niterói via BR-101 é uma variante expressa, considerando que a linha original e a 1400M seguem por dentro do município de São Gonçalo e levam muito mais tempo em seu percurso.








Histórico da linha 400M


A linha teve origem com a Auto Ônibus Nova Cidade (RJ102) que findou nos anos 80, passando suas linhas à Companhia de Ônibus Encontro S/A (Coesa, RJ117, atual Coesa Transportes Ltda).






Em 2008, estas mesmas linhas foram passadas à Auto Viação ABC Ltda. (RJ105), integrante do Grupo Mauá.




Tais linhas são:
400M Bairro das Palmeiras x Niterói
401M Luiz Caçador x Niterói
402M Jardim São Lourenço x Niterói


Por característica, todas estas linhas se encontram no Rodo de Itaúna, e desembocam no corredor principal da cidade à altura da Praça de Nova Cidade, dali escoando para Niterói.





Referências Bibliográficas

Sim São Gonçalo, Cia de Ônibus, Estações Ferroviárias, EF Maricá, Ônibus Brasil, Resgatando Memórias, Niterói Antigo, Fetranspor.

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