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Mobilidade nas Ruas: Distrito de Conrado (Miguel Pereira)

O distrito de Conrado (antigo Sertão) foi criado em 1957, subordinado ao município de Vassouras. Em 1987 foi desmembrado e anexado a Miguel Pereira. O distrito é formado pelas localidades de Conrado, Santa Branca, Mangueiras e Paes Leme.




Localizado quase ao pé da serra que leva a Governador Portela e Miguel Pereira, Conrado promove no calendário anual de eventos, a Festa da Ferradura em homenagem a São Jorge, em abril. Quase chegando ao bairro de Arcádia, junto à Estrada RJ-125, encontra-se a Cachoeira de Santa Branca. Esta bela paisagem constitui-se de três saltos de três metros cada um, formando uma refrescante piscina natural.




De Isabelópolis à Conrado

A área em que se cogitou abrigar a cidade de Isabelópolis hoje se encontra em terras da Reserva Biológica do Tinguá. Estando em ruínas escondidas sobre a vegetação de Mata Atlântica.

Isabelópolis, nome sugerido pelo idealizador da homenagem, o nobre Francisco Peixoto de Lacerda Werneck, o Barão de Paty do Alferes, formaria com Petrópolis e Teresópolis um corredor de cidades serranas fluminenses em homenagem à família imperial.




O nome batizaria o antigo distrito de Sant’Anna das Palmeiras, criado em outubro de 1855 sob forte lobby do barão, com o intuito de concretizar seu projeto, e pertencente à Vila de Iguassu, atual Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.




Mas, da cidade que desapareceu do mapa antes mesmo de ser oficializada, restaram só as ruínas da Igreja de Sant’Anna, a imagem da padroeira e os livros de registros de nascimentos e óbitos do distrito, que fazem parte do acervo da Cúria Diocesana de Nova Iguaçu.




A região de Sant’Anna, a futura Isabelópolis, era cortada pela Estrada do Comércio, uma das principais vias de escoamento do café das fazendas do Sul do estado, e de produtos vindos de Minas Gerais. Foi próspera até por volta de 1880, quando atingiu seu auge. Mas vieram a estrada de ferro, que esvaziou a Estrada do Comércio, e a ampliação da rede de abastecimento de água da Corte, com a captação na região.


Represa do Garrão em Xerém. O 4º distrito de Duque de Caxias e situa-se na subida da Serra Fluminense. - Foto: Reprodução da internet

Fazendeiros da Serra do Tinguá doaram terras para o Império, e imóveis em Sant’Anna foram desapropriados, tudo visando ao reflorestamento para preservação dos mananciais. A belíssima imagem de Santana, bem como, o sino, foram transferidos para a igreja de Conrado, localidade atualmente distrito da cidade de Miguel Pereira.




As histórias da Vila de Iguassu e Sant'Anna das Palmeiras estão relacionadas uma a outra. 

O povoado e o território onde está situado o atual distrito de Conrado, têm origem na Vila de Iguassu. A primeira freguesia da região originou-se em 1637 às margens do rio Pilar, afluente do rio Iguaçu, que foi elevada a Freguesia por volta de 1699. Nesse ano foi autorizada a abertura do Caminho Novo em direção a Minas Gerais que teve origem no porto da Vila da Estrela.


Torre Sineira de N. S. da Piedade de Iguaçu - Nova Iguaçu RJ - Foto: Marcos Alvarenga

Nessa época o Arraial de Nossa Senhora da Piedade do Iguassu também já possuía seu porto às margens do Rio Iguassu, navegável até boa distância terra a dentro.




Em 1750 seria elevada à Freguesia. Um grande impulso seria a interligação de seu porto ao Rio Paraíba. A ligação da Corte com as Minas Gerais sempre esteve entre as prioridades da Coroa. Até o final do século XVII essa rota era feita por Paraty; em 1699 foi aberto o “Caminho Novo” com origem no porto de Pilar e em 1725 a “Variante do Proença” teve origem no porto da Estrela.


Em verde, o trajeto da Estrada do Comercio em mapa de 1892

Em 1811 a Junta de Comércio do Rio de Janeiro sugeriu a abertura de novo caminho, que ficaria conhecido por Estrada do Comércio. Este ficou pronto em 1822 com origem no porto de Iguassu, atravessando a Serra do Tinguá e, passando por Estiva (atual Miguel Pereira), Arcadia e Vera Cruz atingindo o porto de Ubá (atual distrito de Andrade Pinto em Vassouras), às margens do Rio Paraíba.




O engenheiro Conrado Niemeyer seria o responsável em 1842 pela obra de reconstrução e calçamento da via tendo inclusive morado aos pés da serra no atual distrito de Conrado em Miguel Pereira que o homenageia.


Mapa provincial de 1887 - Foto Acervo Arquivo Nacional


Oficialmente, a Vila de Iguassu não foi extinta, pois a sua sede foi transferida para Maxambomba – hoje Nova Iguaçu.  O fato é que, uma importante unidade político-econômica representada pelas freguesias de Iguassu e de Santana das Palmeiras foi extinta e de suas sedes só restam umas poucas ruínas. Assim, a atual Nova Iguaçu guarda pouca ou praticamente nenhuma relação histórica e econômica com aquele núcleo original.

O progresso da freguesia com a abertura da nova estrada e o aumento do tráfego comercial com o advento do ciclo do café no vale do Paraíba nas primeiras décadas do século XIX impulsionaram a criação em 1833 da Vila do Iguassu, com sede no antigo Arraial de Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu. Escaramuças políticas com Pilar e Estrela levaram a uma temporária extinção da vila entre 1835 e 1836.




À nova Vila foram incorporadas as freguesias de Santo Antonio do Jacutinga, NS do Pilar, Merithy e NS da Conceição do Marapicu. A sede da vila permaneceu em Nossa Senhora da Piedade do Iguaçu. Com a prosperidade trazida pelo café, uma nova freguesia viria a ser criada no território de Iguassu, a Freguesia de Santana das Palmeiras.




A freguesia de Santana das Palmeiras foi criada pelo Decreto Provincial n.º 813 em 8 de outubro de 1855 na serra do Tinguá, às margens da Estrada Real, como um importante entreposto do café produzido no vale do Paraíba. Seu território abrangia a serra até os limites de Vassouras e sua área era a maior entre todas as freguesias que compunham a vila de Iguassu, o equivalente a um terço de todo o seu território.



As duas principais freguesias sofreriam não poucos reveses econômicos nos próximos anos que, combinados, se revelariam fatais para a existência das freguesias:


  • A Estrada de Ferro Dom Pedro II chegou a Ubá em Vassouras em 1867 oferecendo transporte mais seguro e rápido para o porto do Rio de Janeiro. Além disso, o progresso de Maxambomba, importante estação no mesmo município, foi um fator de atração da população da antiga vila;

  • O desmatamento e a falta de saneamento – males de toda a baixada – provocaram o assoreamento do Rio Iguaçu e seus afluentes e causaram doenças e endemias;


Outro importante fator foi a imperiosa necessidade de melhorar o abastecimento de água da Capital, sendo a serra do Tinguá um importante manancial que deveria ser preservado, o que mais tarde se tornaria a Reserva Biológica do Tinguá.




Uma adutora entre o Caju e os mananciais e represas foi aprovada e uma ferrovia construída entre 1875 e 1882 para apoiar o projeto – a EF Rio d’Ouro. Esta passaria por perto da vila, mas sua estação, também chamada Iguassu, não teve nenhuma relação com ela.


Baldwin passando sobre uma ponte ao lado da adutora da Estrada de Ferro Rio D'Ouro - Foto: Carlhoinz Hahmann

A Linha Auxiliar chegou em 1898 à vertente norte da serra com as estações Sertão (Conrado), Santa Branca e Bonfim.


Decadência da Freguesia do Iguassu

Pelo Decreto Estadual n.º 204, de 01 de maio de 1891 a sede do município de Iguaçu foi transferida para a estação de Maxambomba, mantendo o nome até 1916, quando passou a Nova Iguaçu. A vila passaria a distrito com o nome original de Nossa Senhora do Iguassu mas este foi renomeado Cava por volta de 1920, encerrando o uso do nome.


A vila de Cava em 1932. Vemos na foto o pequeno arraial de Cava, ainda no tempo da laranja, antes do surto dos loteamentos, que se acelerou depois da Segunda Guerra, em 1945. No primeiro plano vê-se a edificação sextavada marcando o entroncamento para o ramal do Tinguá. - Foto: Acervo Sebastião de Arruda Negreiros

O povoado, próximo a Iguassu, ganharia uma estação da linha-tronco da Estrada de Ferro Rio D'Ouro em 1883. Elevado a distrito com a transferência da sede de Iguassu por volta de 1920, seria renomeado Estação Jose Bulhões em 1924 e retornaria ao nome original em 1939.




Decadência da Freguesia de Santana das Palmeiras

A transferência da sede da vila de Iguassu para Maxambomba marcou o fim da freguesia, transformada em distrito de Iguaçu (Maxambomba) em 1892. No processo de mudança, os fiéis levaram a imagem de Santana e o sino da igreja matriz para a nova igreja de Santana, inaugurada em 1901 no atual distrito de Conrado (hoje município de Miguel Pereira). Da freguesia, restam somente ruínas dentro da reserva ecológica do Tinguá.


Um trem atravessa a Ponte Santa Branca, sobre o rio Sant'Ana em 1985 - Foto Hugo Caramuru

O povoado de Santana das Palmeiras, migra em 1892 para Santa Branca das Palmeiras, hoje no distrito de Conrado. Naquele mesmo ano, a localidade era nomeada Livramento das Palmeiras, no mesmo distrito. Em 9 de agosto também do mesmo ano, a fixação da agencia dos correios (e futura estação da ferrovia) na Ponte da Estrada do Bonfim, contribuiu para o surgimento do povoado. O local é hoje a vila de Arcádia.



Já pertencendo ao município de Nova Iguaçu, o distrito de Santana das Palmeiras foi renomeado Santa Branca em 1919 e depois Bonfim (atual Arcádia) em 1924. Quando o distrito de Bonfim foi extinto em 1943, seu terrotório foi anexado à Vila de Iguassu.
No mesmo ano, o distrito de Bonfim é desmembrado de Nova Iguaçu e anexados a Sacra Família do Tinguá em Vassouras.




No período de 1939-1943, o município de Nova Iguaçu é constituído de 9 distritos: Nova Iguaçu, Belford Roxo, Bonfim, Cava, Caxias, Estrela, Meriti, Nilópolis e Queimados.

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.055, de 31 de dezembro de 1943,  são desmembrados os distritos de Caxias, Meriti e Imbariê (ex-Estrela), para formar o novo município com a denominação de Duque de Caxias. Nessa mesma data, o distrito de Bonfim é extinto.




Linha do tempo do distrito de Conrado:


Decreto Provincial n.º 813, de 06-10-1855
É criado o distrito de Santana das Palmeiras e anexado a vila de Iguaçu.

Lei Estadual n.º 1.634, de 18-11-1919
O distrito de Santana das Palmeiras passou a denominar-se Santa Branca.

Lei Estadual n.º 1.799, de 08-01-1924
O distrito de Santa Branca passou a denominar-se Bonfim.

Decreto-lei Estadual n.º 1.055, de 31-12-1943
Desmembra do município de Nova Iguaçu o ditrito de Bonfim.


Prédio da Estação ferroviária de Conrado às margens da RJ-125 Rodovia Ary Schiavo -  Foto Halley Oliveira

Lei Estadual nº 3494, de 04-12-1957
Cria o distrito de Conrado no município de Vassouras, com terras desmembrada do distrito de Sacra Família do Tinguá.

Lei Estadual nº 1253, de 14-12-1987
É desmembrado do Município de Vassouras o Distrito de Conrado, com área de 98 km2, e anexado o seu território ao Município de Miguel Pereira.

O território do Distrito de Conrado manteve o topônimo ao constituir o 3º Distrito do Município de Miguel Pereira.


Sede do 3º Distrito de Conrado em Miguel Pereira - Foto: Marcelo Cateysson




A peregrinação geográfica das terras do Marquês de São João Marcos, Fernando Paes Leme

No dia 13 de agosto de 1743, Inácio Dias da Câmara Leme, funda o denominado Morgado de Belém. As terras, que até então pertenciam à Freguesia de Paty do Alferes, passou à Freguesia de Sacra Família de Tinguá, a partir de 1750. Inácio leme, o primeiro Morgado, foi mais tarde sucedido por seu pai, Fernando Paes Leme, o Marquês de São João Marcos, que deu à localidade grande desenvolvimento.

Pedro Dias Paes Leme, o primeiro filho do casal Fernando/Francisca, veio a ser uma das figuras mais ricas, conhecidas e respeitadas no Brasil ao longo do século XIX, em especial na área do Sul Fluminense circunscrita pelas Freguesias de Sacra Família do Tinguá, Vassouras e Paraíba do Sul, estendendo ainda sua influência para a atual região do Município de Rio Claro.



Além de incentivar a lavoura, montou vários engenhos de açúcar, construiu inúmeras casas, erigiu a Igreja do Menino de Deus de Belém, inaugurou a primeira escola (em 1872) e até criou um teatro. Ainda por influência do marquês, foi construída a Estrada de Ferro de Dom Pedro II, cuja estação Belém foi inaugurada em 8 de dezembro de 1858.


Sacra Família do Tinguá - Distrito de Engenheiro Paulo de Frontin - Foto: Paulo Renato

O Morgado de Pedro Dias Paes Leme englobava uma vastíssima sesmaria que possuía duas léguas e meia de testada por duas de fundo, alcançando a atual área de Sacra Família do Tinguá, descendo para a baixada que compreende o atual distrito miguelense de Conrado e o logradouro vizinho de Paes Leme, atravessando terras de Japeri e Paracambi para atingir o Município de Rio Claro, em cujo território nasceu o belo distrito de São João Marcos, onde estava mergulhado nas águas da represa da Light, hoje ressurgiu com a baixa das águas da represa e constitui um sítio arqueológico de enorme importância histórica, restaurado pela Light.


A estação de Mario Bello em 1992 - Foto: Jornal do Brasil de 24 de janeiro de 1992

Como se pode depreender, Pedro Dias Paes Leme exerceu um papel preponderante na colonização de quase toda a baixada hoje pertencente a Miguel Pereira, tanto que, em finais do século passado, uma parada da ferrovia foi denominada Paes Leme em homenagem à família. Por outro lado, a estação ferroviária e a cidade que conhecemos como Japeri nasceram nas terras formadoras de sua famosa e rica fazenda chamada Belém.




Com a morte de Fernando Paes Leme, seus herdeiros venderam, em 1890, todo o acervo da fazenda de Belém à Companhia Industrial de seda e Ramie, que dissolvida em 1904, distribuiu suas terras entre seus acionistas, sendo a maior parte, vendida à Empresa de Obras Públicas do Brasil, sendo repassada, dois anos depois, para Raimundo Otoni de Castro Maia.


Estação Ferroviária de Paes Leme - Foto Lucio Fernandes
A partir desta época, as terras de Belém passam a viver algo que se pode chamar de peregrinação geográfica, sendo anexadas a outras localidades, de tempos em tempos. Em 1906, a localidade, então distrito de Vassouras cede uma parte de seu território para Nova Iguaçu, anexando-o ao 2º distrito daquele município (Queimados). No ano seguinte, o distrito de Tairetá volta a ser 7º distrito de Vassouras, e só em 1947 Belém passa a chamar-se Japeri.

No ano de 1951, a antiga Belém passa a constituir, juntamente com Engenheiro Pedreira, o distrito de Japeri, 6º distrito de Nova Iguaçu. Em seguida, as administrações foram consideradas regionais, por haver em um só distrito, duas localidades distintas.



Por isso foram criadas as Administrações Regionais de Engenheiro Pedreira e Japeri. Embora não tendo havido medidas complementares, a nova organização serviu para melhorar as relações entre a comunidade e a chefia do Executivo Municipal. Assim, durante mais de duas décadas, vários nomes passaram pela administração regional de Japeri.




A partir de 1989, o município de Nova Iguaçu passou a ter 13 Sub-Prefeituras, e no 6º distrito foram criadas duas delas: Japeri e Engenheiro Pedreira. Por esta razão e por estarem politicamente constituídas em um único distrito, surgiu o primeiro movimento de emancipação, visando a beneficiar a localidade.

Anteriormente, houve a tentativa de anexar o 6º distrito de Nova Iguaçu ao Município de Paracambi. Em seguida, foi efetuada uma nova tentativa de emancipar o 2º e o 6º distrito: Queimados e Japeri, respectivamente. Uma terceira tentativa com o mesmo objetivo foi contida por uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral, que vetava a criação de novos municípios.



Contudo, um plebiscito em 30 de junho de 1991, com a finalidade de obter a emancipação política-administrativa de distrito, resultou na criação do Município de Japeri, constituído pelas localidades de Japeri, Engenheiro Pedreira, Jaceruba e Rio D’Ouro.




Ramal da Escola de Agronomia (UFRRJ)


Esta linha partiria de Japeri e seguiria até a Escola Nacional de Agronomia, seguindo em diante até alcançar a linha do Ramal de Mangaratiba da Estrada de Ferro Central do Brasil.



A ferrovia não chegou a ser concluída e, ela não existiu de fato. Na prática o trecho entre Japeri e o Rio Guandu teve os trilhos assentados (e estão lá até hoje) de aproximadamente 2 quilômetros, a ponte chegou a ter os pilares fincados.

O trecho entre o Rio Guandu e a EFCB em Itaguaí foi paralisado, teve apenas o leito pronto, sem colocação de trilhos.



Na década de 1970, a MBR aproveitou parte do leito pronto e instalou a linha atualmente utilizada pela MRS para transporte de minério para exportação na Ilha Guaíba.




A estrada de ferro na Serra do Tinguá


A região serrana do estado do Rio De Janeiro sempre se destacou por ter uma magnífica paisagem, e foi nessa serra onde se desenvolveu a Linha Auxiliar que fazia a ligação ferroviária entre o município de Japeri RJ e Porto Novo Do Cunha MG.




Durante o século XIX a ferrovia foi considerada símbolo do progresso, não só porque encurtava as distâncias e transportava rapidamente mercadorias destinadas ao mercado externo, mas também porque trazia as últimas novidades europeias.


De 1880 a 1912 houve o crescimento do povoado de Barreiros, dando origem a Miguel Pereira localizado entre as vilas de Vassouras e Paty do Alferes. Foi erguida uma capela em homenagem a Santo Antônio da Estiva em 13 de junho de 1897, data considerada oficialmente como surgimento da cidade de Miguel Pereira. - Foto: Reprodução da internet
As estradas de ferro significavam a inserção plena do Império na expansão do capitalismo, possibilitando a chegada de imigrantes para substituir o trabalho escravo. O aprimoramento das ferrovias prometia desafogar o sistema de transporte de cargas, antes efetuado por escravos, liberando mão de obra para a lavoura cafeeira e possibilitando a expansão agrícola.




As ferrovias não impactaram apenas no aspecto econômico do transporte do café. a construção de ferrovias colocou a população em contato com as inovações técnicas desenvolvidas pelo capitalismo durante o século XIX. Novos estilos arquitetônicos foram utilizados principalmente na construção das estações, mudando em muitos casos as formas de construção anteriormente adotadas.


Ponte Ferroviária Dr. Paulo de Frontin. Trata-se do único viaduto em ferro e em curva do mundo, inaugurado pela ferrovia em 1898, que conduzia à antiga estação ferroviária de Vera Cruz.
As cidades em que estavam localizadas as estações foram transformadas, bem como algumas que foram construídas em função dessas ferrovias. Depois de 29 de março de 1898, data de inauguração das estações da Linha Auxiliar na área serrana, estava completo o trecho ferroviário que conectava Japeri diretamente à cidade de Três Rios. A manutenção das vias de acesso à cidade era feita constantemente, tanto na linha férrea quanto nas curvas da serra.


Depósito de locomotivas no pátio de Governador Portela, por volta de 1930. Nessa região, a ferrovia sempre foi fundamental para o comércio e pequenas indústrias locais. As instalações das oficinas de Governador Portela foram demolidas no começo de 2002. - Foto: Reprodução da internet

Tudo mudou para melhor com os benefícios que a ferrovia proporcionou principalmente para Miguel Pereira, conduzindo ao desenvolvimento urbano, demográfico e arquitetônico da Estiva (nome que já substituía Barreiros) e Governador Portela, localidade esta sediando as oficinas de manutenção da ferrovia. O município de Paty Do Alferes, surgiu com o nome de "Freguesia" pertencente a Vassouras.





Estação Paty do Alferes em funcionamento na década de 1950 - Foto: Cartão Postal

A região demorou para se emancipar mas sempre teve grande importância histórica. Paty do Alferes lucrou muito com o comércio no centro da cidade e principalmente no pequeno mercado agrícola junto a estação, que preservou as características típicas de uma cidade de interior De 1900 a 1920 aconteceu a ligação ferroviária entre Governador Portela e Vassouras através de um segundo ramal da Linha Auxiliar (inaugurado em 1914). Nos arredores do pátio ferroviário em Governador Portela, foram construídas as primeiras casas que pertenciam aos funcionários da rede ferroviária.


Ramal de Jacutinga → Estação de Vassouras por volta de 1970 - Foto: Autoria desconhecida
Já em Vassouras, com o crescimento econômico das plantações de café, a vila de se desenvolveu e foi elevada à categoria de cidade em 29 de setembro de 1857. Com o fim das lavouras de café por conta do solo esgotado das fazendas em Vassouras, pouco a pouco a ferrovia foi perdendo espaço, porém deixou como legado principalmente o desenvolvimento do centro da cidade.


Terminal Rodoviário de Miguel Pereira - Foto: Lucas Coimbra




Linha do tempo da ferrovia

Considerava-se como Linha Auxiliar o leito ferroviário que partia da Estação de Alfredo Maia até a cidade de Três Rios, num total de 176,300 quilômetros, correndo então os trilhos dessa cidade até Porto Novo do Cunha, já na linha limítrofe com Minas Gerais.


O pátio da estação em 1925, depois da reforma. Foto; Relatório da EFCB de 1925.

A Linha Auxiliar da Serra do Tinguá cobria as secções:

  • Alfredo Maia ao Sertão (Conrado), com 85 km;
  • Sertão à Governador Portela, com 25 km;
  • Portela à Paraíba do Sul, com 55 km;
  • Paraíba do Sul à Três Rios, com 11 km.




Em 2 de julho de 1903, a ferrovia serrana conectando Japeri à Três Rios foi incorporada à Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB) e, por determinação expressa do ofício nº 835, datado de 16 de julho do mesmo ano, passou a ser definitivamente conhecida como Linha Auxiliar, apresentando em seu complexo um total de 61 unidades de trabalho, entre paradas de reabastecimento e estações para embarque e desembarque de passageiros e de cargas diversas.


A estação de Andrade Araújo, em 03/1964. ao lado de uma Pacific 1522. A estação de Andrade Araujo foi inaugurada em 1896. O nome foi adotado de um proprietário de terras cedidas para a passagem da linha. - Foto: Ricardo F. Bokelmann

Em 1957, 19 estradas de ferro brasileiras foram unicicadas, sendo a Linha Auxiliar a partir de então, administrada pela Estrada de Ferro Leopoldina, pelo fato de seu trecho ser em bitola métrica (1 metro de largura), cuja gerência, até dezembro de 1986, ficou a cargo da Superintendência Regional de Juiz de Fora, esta subordinada a CSP-3/Campos.

A linha da Auxiliar teve o traçado alterado nos anos 1970 quando boa parte dela foi usada para a linha cargueira Japeri-Arará, entre Costa Barros e Japeri, ativa até hoje, bem como para trens metropolitanos entre o Centro e Costa Barros. Entre Japeri e Três Rios, entretanto, a linha está abandonada já desde 1996.


Prédio da estação Cavaru às margem da Estrada RJ-131. Os trens de passageiros por ali desapareceram há muito, mas em 27 de setembro de 2003 foi ativada uma linha turística com locomotiva a gasolina utilizando-se os trilhos abandonados entre Cavaru e Paraíba do Sul. No mesmo dia foi aberto um centro de artesanato no prédio da estação. A linha não funcionou por muito tempo. - Foto: Reprodução da internet


O Trem Azul em Conrado

A velha e admirada Maria Fumaça ainda tentou resistir ao repto de um eclipse social tão melancólico, circulando pela malha ferroviária de Miguel Pereira como trem turístico no ano de 1986, até ser aposentada em face de problemas conjunturais e econômicos alegados pela direção da RFFSA.




Por sua vez, entre 1993 e 1995, a empresa Montemar Turismo, após investir milhares de dólares na reforma de vagões e trilhos, fez circular entre Conrado e Miguel Pereira o chamado Trem Azul, promovendo viagens que, semanalmente, atraíam centenas de turistas e levas de saudosos ex-ferroviários.



Também a derrocada econômica levou a empresa à falência, e o que resta hoje das gloriosas épocas da ferrovia são poucas estações reformadas e apenas antigas fotografias nas quais podemos admirar a elegância dos nostálgicos trens que diariamente alegravam nossos vales e nossas montanhas.


As Estações entre Japeri e Arcádia


Cargueiro de minério passando pela estação de Japeri - Foto: Reprodução da internet
A partir da estação de Japeri (Belém), tanto a Linha do Centro quanto a Linha Auxiliar se cruzam. Atualmente neste ponto, os trens deixam de circular pela Linha Auxiliar e passam a circular na Linha do Centro, enquanto os outros trens deixam de circular pela Linha do Centro e passam a circular pelo Ramal de Paracambi.



A estação de Japeri (Belém) foi inaugurada em 1860, ponto terminal do segundo trecho inaugurado pela E. F. Dom Pedro II no km 61,749 da Linha Do Centro. A partir de 1898, passou a ser também estação da E. F. Melhoramentos, que vinha também do centro do Rio de Janeiro (da estação Alfredo Maia) e seguia para Porto Novo, também galgando a serra do Mar. A Central do Brasil acabou por incorporar essa linha em 1903, alterando seu nome para Linha Auxiliar.





Estação de Japeri na Linha Auxiliar em 1976 - Foto: R. J. Marsh

Em 1898 já existia uma estação própria para a Linha Auxiliar em Japeri no km 67,724, pois eram ferrovias diferentes. Em Japeri há duas estações com o mesmo nome, uma para a Linha do Centro e outra para a Linha Auxiliar. 
Logo a frente, no km 75,560 onde hoje restam apenas ruínas, havia uma pequena construção, a Parada de Botais. Próximo à Botais está localizada a Estação de Paes Leme, que ainda mantém preservada a aparência e os trilhos a sua volta.

Cruzando a RJ-125 Rodovia Ary Schiavo, existiu a Parada de Mangueiras, que servia à fazenda chamada Sertão e ficava cerca de um quilômetro antes da estação de Conrado. Mangueiras foi demolida mas sua pequena plataforma de pedras ainda pode ser encontrada em meio a vegetação que lhe cerca.


Estação de Conrado nos anos 1980. Viagem da locomotiva 327 da antiga Leopoldina, recém-reformada em Porto Novo
Foto: Livro Leopoldina Railway, de A. Soukhef e V. D'Alessio, 2005

No km 86,776 está a primeira grande estação da Serra, a Estação de Conrado; O local contava com uma boa estrutura que permitia que a locomotiva pudesse manobrar para voltar subindo a serra em direção a Miguel Pereira.




A estação ou simplesmente parada de Santa Branca foi inaugurada em 1898. Por volta do ano de 2004 a construção que lá havia foi demolida e não sobraram vestígios sobre sua real localização. A Parada de Santa Branca ficava próxima a uma pequena ponte de ferro sobre um riacho na altura do km 88,220.

Entre a Parada de Santa Branca e a Estação de Arcádia está localizada outra grande obra da engenharia ferroviária, uma enorme ponte de ferro sobre o rio Santana.


Na sequência: A ponte sobre o Rio Santana, um Armazém amarelo, a Estação Arcádia atrás do Armazém e acima a Capela de Sta Barbara & Sto Antonio. - Foto: Wellington Freire

No km 92,695 cortando a RJ-125 ainda resiste ao tempo a Estação de Arcádia que foi inaugurada em 1898 nas terras da fazenda Bonfim. O nome original era o mesmo da fazenda, e só foi mudado para o atual em 1940.

O acesso original pela ferrovia seria substituído na década de 1950 por uma rodovia, cuja pavimentação posterior representou grande estímulo ao desenvolvimento urbano e turístico da área.

A posterior instalação e asfaltamento da RJ-125, que se inicia na Dutra e corta o município, propiciou fácil acesso e a ocupação urbana e turística.







O Transporte Rodoviário no Distrito de Conrado



Com 85 quilômetros de extensão, a rodovia aberta na década de 1950 liga a Rodovia Presidente Dutra, altura do município de Seropédica até a Rodovia Lúcio Meira, a BR-393, na localidade de Ubá, em Vassouras.



Recebe o nome de Ary Schiavo, ex-Prefeito da cidade de Nova Iguaçu na década de 1950, com origem familiar em Japeri.


Quando de seu planejamento, estava previsto um trecho de 14 quilômetros de extensão entre os municípios de Seropédica e Itaguaí. Este trecho é semelhante ao trajeto executado pelo Arco Metropolitano, por dentro da Floresta Nacional Mário Xavier e que liga a Rodovia Presidente Dutra (BR-116) à Rio-Santos (BR-101).





Terminal Rodoviário Nacipe Tamer - Arcozelo - Paty do Alferes
A rodovia passa pela cidade vizinha de Paty do Alferes, a partir da qual se pode tomar a RJ-117 rumo a Petrópolis, e pelos distritos de Arcozelo e Avelar, até encontrar a BR-393. A estrada tem um posto da Polícia Rodoviária Estadual, no Km 33.5, em Arcádia.

A partir de Arcozelo, a rodovia acompanha o leito do Rio Ubá até a saída 204 da Rodovia Lúcio Meira no bairro Ubá, localizado no distrito vassourense de Andrade Pinto.


Terminal de Andrade Pinto, localidade que se desenvolveu através dos trabalhos realizados no Porto de Ubá, pontofinal da Estrada do Comércio, aberta em 1822 com origem no porto de Iguassu.




O Transporte por ônibus na região:

Se hoje os moradores de Paty do Alferes e Miguel Pereira utilizam os serviços da Util para chegar a Nova Iguaçu e Rio de Janeiro e da Linave para sair de Paty a Miguel Pereira, Três Rios e Japeri, tudo isso se deve ao pioneirismo da Viação São Jorge Importadora e Turismo Ltda.



Fundada em 1958, a empresa foi a primeira a fazer viagens entre Paty e Miguel Pereira ao Rio de Janeiro. Na década de 60, começou a ligar as cidades a Três Rios e a Nova Iguaçu.





A década de 70 foi de despedida para a São Jorge: A empresa foi adquirida pela Pedro Antonio, que até a presente época operava linhas ligando Vassouras a Capital e a Paracambi, Mendes e Eng. Paulo de Frontin.


A Pedro Antonio deixou de operar essa linha entre 1986 e 1988, da qual ficou um breve período com a Cidade das Rosas, passando a seguir para a Normandy

As linhas que atendem a esses municípios passaram então a serrem operadas exclusivamente pela Pedro Antonio até o final dá década de 80.



Houve uma cisão, e os trajetos em Miguel Pereira e Paty do Alferes passaram à Viação Cidade das Rosas, que as explorou as linhas urbanas por aproximadamente 10 anos, até falir. O serviço rodoviário foi repassado para a Viação Normandy do Triângulo.


Em Paty do Alferes, na Praça Pedro Shaim, existia o Terminal Alberto Monteiro de Queiroz, inaugurado no dia 7 de novembro de 1982. Com uma área total de 1500 m², sendo 220 m² de área construída, o Terminal abrigava a Defensoria Pública, a Secretaria Municipal de Turismo, uma Junta Militar e as agências das duas empresas que operavam no terminal: Viação Cidade das Rosas e Viação Normandy do Triângulo.

Com o fechamento da Cidade das Rosas, a Viação Normandy do Triângulo passou também a fazer trajetos urbanos até setembro de 2012, quando vendeu as linhas para a Linave. Nessa mesma época, a  UTIL União Transportes Interestadual Luxo passou a operar as linhas rodoviárias.





O Terminal Alberto Monteiro de Queiroz deixou de existir no fim da década de 2000.

O distrito de Conrado é servido por linhas de ônibus e van que utilizam a RJ-125 Rodovia Ary Schiavo para o deslocamento entre a Cidade do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu e Japeri em direção à Miguel Pereira, Paty do Alferes e Morro Azul, localidade no distrito de Sacra Família do Tinguá em Engenheiro Paulo de Frontin.





Tais linhas são:


206CM Arcozelo x Japeri
MP74 Japeri x Arcozelo
Nova Iguaçu x Paty do Alferes
Rio de Janeiro x Avelar
Rio de Janeiro x Miguel Pereira
Rio de Janeiro x Morro Azul (via Arcádia)
Rio de Janeiro x Paty do Alferes / Arcozelo





Vans que realizam o Serviço de Transporte Complementar 206CM Arcozelo x Japeri - Foto: Reprodução da internet

Além das linhas citadas acima, o distrito era servido também pela linha MP70. 
Praticamente 62 km separam Miguel Pereira de Três Rios. Uma linha de grande importância para as localidades compreendidas entre estes dois municípios e que já ligou a Baixada ao Centro-Sul Fluminense.

A linha coexistia com a MP74 que liga Japeri a Arcozelo. A linha inicialmente saía de Japeri e ia a Três Rios e concorria com o ramal ferroviário compreendido entre as duas cidades. A linha começou a ser operada na década de 70 pela empresa Pedro Antonio.


Linha MP70 Três Rios x Japeri da Pedro Antonio em janeiro de 1985. Rodoviária Arsonval Macedo ou simplesmente Rodoviária Nova em Três Rios - Foto: Reprodução da internet

Mais adiante, na década de 80, a linha mudou de mãos e passou a ser operada pela Cidade das Rosas. Num determinado momento foi observado que a demanda para Japeri poderia ser feita através de baldeação e aí a linha passou a ser Três Rios x Miguel Pereira nos anos 90, já sendo operada pela Viação Cidade das Rosas.






Em meados da década de 90 até 2012 a linha foi operada pela Normandy. Atualmente é operada pela Linave Transportes, empresa sediada em Nova Iguaçu. Ao assumir a linha, a Viação Normandy do Triângulo manteve o trajeto que herdou, se mantendo atualmente sob operação da Linave Transpores.



Há 42 anos, no dia 09 de novembro de 1977, acontecia o pior acidente de trânsito da história de Três Rios. Após quinze minutos de ter deixado a Estação Rodoviária da cidade, o ônibus com destino a Japeri, caiu nas águas do Rio Paraíba do Sul.




O coletivo ao passar sobre a ponte, situada no Km 175 + 500 (próximo ao Trevo do Cantagalo), colidiu com um Fusca e 22 pessoas morreram, 17 ocupantes do coletivo e cinco que estavam no carro. A polícia foi a primeira a chegar e solicitou auxilio ao Grupamento de Corpo de Bombeiros de Petrópolis e as buscas viraram a noite, sendo o ônibus guinchado e trazido à superfície, às 12h do dia seguinte (10 de novembro).


Coletivo da Empresa de Ônibus e Turimo Pedro Antônio submerso no Rio Paraíba do Sul. - Foto: Jornal "O Cartaz"

Na noite do acidente, a ponte de Paraíba do Sul estava interditada e o ônibus, que saiu da Estação Rodoviária de Três Rios, passou pela Avenida Condessa do Rio Novo, Ruas 15 de Novembro, Isaltino Silveira (Santa Matilde), contornou no trevo do Cantagalo e chegou até a ponte.




Se o percurso não tivesse sido interrompido, o coletivo seguiria mais uns metros à frente e entraria em uma estrada de chão para ter acesso a Paraíba do Sul pela Barrinha e de lá seguir viagem até Japeri.



Na matéria feita na época (1977), pelo então jornal “O Cartaz”, é citado que a ponte tinha uma vasta crônica de tragédia, desde sua inauguração, na década de 70, tendo muitos veículos caído no Rio Paraíba.






Conrado Jacob Niemeyer

O nome do distrito deve-se ao coronel do Corpo Imperial de Engenheiros Conrado Jacob Niemeyer, que, em 1842, assumiu a empreitada das obras de calçamento e a manutenção da antiga Estrada do Comércio que passava pela serra do Tinguá.

Ao conhecer a região, o coronel engenheiro Conrado Niemeyer encantou-se com sua beleza e resolveu mudar-se para lá com a família. Foi no alto da serra do Tinguá que, em 1842, nasceu seu neto homônimo, que viria a ser o fundador do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro e o construtor da avenida Niemeyer e da igreja de São Conrado no Rio de Janeiro.


Estrada Real do Comérco com calçamento empreitado por Conrado Jacob Niemeyer - Foto: Reprodução da internet



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