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Rotas Fluminenses: 490B Miguel Couto x Central via Luís de Lemos

Dados da linha:
Linha: 490B Miguel Couto x Central via Luís de Lemos
Empresa: RJ156 Transportadora Tinguá Ltda
Tipo: Urbana Intermunicipal

A linha parte da Rua Marli Pereira de Carvalho. Essa da rua correspondente à denominação de Terminal Rodoviário de Miguel Couto.



O local conhecido como Terminal Rodoviário de Miguel Couto está no traçado do antigo leito do Ramal de Jaceruba da E.F. Rio Douro. No local também havia a estação ferroviária do bairro. Atualmente demolida.

Saindo do "terminal" entramos na Rua Cameron em direção ao Parque Ambaí e seguimos pela Rua Hermelinda até chegramos nos trilhos da Estrada de Ferro Linha Auxiliar.


Ambaí e Parque Ambaí

O surgimento das ocupações nessa região está relacionado à abertura da Estrada de Ferro Melhoramentos em 1898.
A linha fazia a ligação entre Japeri e a Mangueira, posteriormente à Barão de Mauá.


Em 1968 foi construída a linha Ambaí-São Bento. Essa iniciava na Estação Ambaí da Linha Auxiliar (E.F. Melhoramentos)e atravessava o Ramal de Jacutinga da E.F. Rio Douro em Miguel Couto e seguia até São Bento onde fazia a ligação com a E.F. Leopoldina.
A linha Ambaí-São Bento foi suprimida em 1968, com isso a estação que ficava ao lado do Rio das Velhas também foi desativada.

A prosperidade do local chegou com a implantação da Estrada do Ambaí, atual Avenida Henrique Duque Estrada Mayer, ligando Nova Iguaçu à Miguel Couto - até então o seu bairro-metrópole.

Em 1999 Ambaí foi dividido em dois. Através do Decreto de nº 6.083 ficou estabelecido:
À oeste da Estrada de Ferro: Ambaí
À leste da Estrada de Ferro: Parque Ambaí

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Agora de frente com a ferrovia entramos à esquerda na Rua Doutor Borgueth e atravessamos a passagem de Nível e chegamos na Vila Bela Vista e seguiremos a Estrada Luís de Lemos até o fim, passando pelo Carmari.

Chegamos na Posse e entramos na RJ-111 Avenida Duque Estrada Mayer até a Avenida Governador Roberto Silveira, essa se inicia próximo ao Viaduto da Posse e segue eté o centro de Nova Iguaçu terminando ao lado do Terminal Rodoviário e embaixo do Viaduto Padre João Musch, na esquina com a Avenida Marechal Floriano Peixoto.


RJ-111 Estrada Zumbi dos Palmares

A RJ-111 possui 28,0 km de extensão, ligando o bairro da Posse à localidade de Tinguá, ambos no município de Nova Iguaçu.

O caminho foi aberto no século XVIII ligando a antiga sede do município de Iguaçu velho à Maxambomba (atual sede do município hoje chamado Nova Iguaçu. Em 1883 com a construção da Estrada de Ferro Rio Douro, o trecho entre Ambaí e Tinguá serviram aos ramais de jaceruba e Tinguá suprimidos na década de 1960.

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Após atravessarmos o Viaduto da Posse sobre a BR-116 Rodovia Presidente Dutra e chegamos em Moquetá, onde seguimos por algumas ruas que darão acesso a Via Dutra passando ao lado do Aeroclube de Nova Iguaçu.

O acesso à BR-116 é feito pela Avenida Doutor Salles Teixeira. Pela Rodovia Presidente Dutra seguiremos até o Trevo das Margaridas no entroncamento com a Rodovia BR-101 Governador Mário Covas (Avenida Brasil).

Em Nova Iguaçu passamos por Moquetá, após a ponte sobre o Rio Botas estamos no Centro e chegamos ao bairro Califórnia após a Rua Frederico de Castro Ferreira. Continuando em frente passamos por Vila Nova após a esquina com a RJ-105 Rua Oscar Soares e saímos de Nova Iguaçu após a travessia do Rio da Prata.

Agora em Mesquita passamos rapidamente por Jacutinga e pelo Bairro Industrial que termina na Rua Coelho da Rocha, onde há o viaduto que faz a ligação de Mesquita com Belford Roxo. Deste ponto até o Rio Sarapuí passamos pelo BNH.

Do outro lado do Rio Sarapuí chegamos em São joão de Meriti no bairro Grande Rio, que nada tem há ver com o Shopping. Em seguida cortamos Coelho da Rocha, onde atravessamos o Ramal de Belford Roxo da Supervia. Passando pela Vila Rosali chegaremos ao Jardim Meriti após o acesso da Rua Pernambucana.

Após o cruzamento com o viaduto da estrada RJ-085 Avenida Automóvel Clube chegamos ao Centro do município, o qual seguiremos até ponte sobre o Rio Pavuna,, deixando então o município.

Na Capital nosso primeiro bairro é a Pavuna, onde passamos pelo Distrito Industrial. Aqui se inicia a RJ-071 Via Expressa Presidente João Goulart (Linha Vermelha). Em poucos metros estamos no Parque Colúmbia entre o viaduto da Avenida Coronel Phidias Távora e o Rio Acari.

Após o Rio Acari chegamos em Irajá, onde passamos pela Superintendência Regional do DNIT e pelo Trevo das Margaridas, onde termina a Via Dutra no entroncamento com a BR-101 Avenida Brasil.


Trevo das Margaridas

Nossa aérea de hoje, do segunda metade dos anos 50, mostra a ainda em obras Avenida das Bandeiras com um dos seus conjuntos de viadutos mais importantes já concluído, o Trevo das Margaridas.

A Av. das Bandeiras construída como prolongamento natural da Av. Brasil, a partir de Parada de Lucas tinha a finalidade de ser uma via de penetração rumo ao Sertão Carioca, interligando e racionalizando o acesso de vários bairros, bem como se conectar com bairros longíquos perto das fronteiras do então Distrito Federal.

Além disso a Av. das Bandeiras iria racionalizar o acesso à São Paulo, como anos antes a Av. Brasil tinha feito, eliminado o transito por dentro dos subúrbios da Leopoldina e o mais importante se conectando com um trecho da nova Via Dutra que trouxe no início da década a estrada mais para perto do centro da cidade.

Trevo das Margaridas nos anos 50 - Vista Alegre

A antiga Rio-São Paulo dava uma grande volta por Itaguaí e Nova Iguaçu e desembocava em Campo Grande. Nossa foto mostra a Av. das Bandeiras já funcional nesse trecho, bem como os viadutos do trevo, inclusive já duplicados. Mas um pouco mais a frente tem-se a nítida noção que a Dutra ainda não está totalmente pronta ou funcionando em pista simples, pois vemos apenas um grande caminho de terra e não notamos o asfalto. O que contraria as informações oficiais que dizem que nos anos 50 as pistas eram duplicadas do trevo até Seropédica.

Conjunto técnico-funcional-industrial do DER-DF, final dos anos 50

O grande complexo mais à frente é a usina do de asfalto do DER-DF, hoje Funderj, complexo este que já teve muita importância nos anos 60 e 70 com seu laboratório de engenharia, à época um dos mais importantes e sofisticados do país nos estudos de estruturas e massa asfáltica.

O grande terreno, com a saída da capital para Brasília foi dividido entre a Guanabara e o Gov. Federal e depois da fusão a parte da Guanabara foi novamente fracionada entre o Estado do Rio e a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. No pé da imagem podemos observar que o bairro de Jardim América praticamente não existia.


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Acessamos a Avenida Brasil no sentido Centro e após passarmos pelas torres de transmissão da Light chegamos em Parada de Lucas, onde passamos sobre a Estrada de Ferro Leopoldina na altura da estação Parada de Lucas.

Chegando às margens dos conjuntos da Cidade Alta, estamos em  cordovil e em instantes no entroncamento com a BR-040 Rodovia Washington Luiz no Trevo das Missões.

Continuamos na Avenida Brasil e chegamos n Penha Circular após a ponte sobre o Rio Irajá. Até a Avenida Lobo Júnior todo bairro é industrial, sediando diversos galpões, pátios e armazéns. Então chegamos na Penha que mantém as mesmas características do bairro anterior.

Na altura da Central de tratamento da CEDAE havia uma ferrovia que cruzava a região em direção ao Porto de Maria Angu. A região foi aterrada para construção da Avenida Brasil. Hoje o local onde havia  o antigo porto abriga o Centro de Educação Física Adalberto Nunes, de propriedade da Marinha.


Porto de Maria Angu

A região praieira da Penha, próxima aos mangues do Saco do Viegas, era chamada de “MARIANGU”, nome indígena de uma ave abundante no litoral da Baía de Guanabara.


Nela surgiu o Porto de “Maria Angu”, do qual partiam embarcações para o centro do Rio de Janeiro colonial. No início do século XX, o Prefeito Pereira Passos instalou no Porto de “Maria Angu”, uma ponte para as barcas da Cantareira atracarem, ligando a Penha à Praça XV, com conexão para a Ilha do Governador.

Os grandes aterros que ocorreram nesta área fizeram desaparecer toda a sua orla marítima. No lugar, foi aberta a avenida Brasil e o atual Complexo da Marinha.

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Agora passamos por Olaria e Ramos, onde encontramos com o Corredor Transcarioca do BRT. do outro lado, a favela Parque união, no Complexo da Maré. Após a passarela 9 chegamos em Bonsucesso.

Assim como nos bairros anteriores, em Bonsucesso também há um "cinturão" industrial nas no percurso da Avenida Brasil, possuindo sede de transportadoras e empresas diversas à frente da área residencial, que fica no interior desses bairros.

Ao chegarmos no viaduto da Avenida Governador Carlos Lacerda (Linha amarela) chegamos em Manguinhos, onde passamos pela Fundação Oswaldo Cruz e pela Refinaria de Manguinhos, além da travessia sobre o Canal do Cunha, que inicia no encontro dos Rios Jacaré e Faria, no Conjunto Nelson Mandela. O conjunto foi construído em uma área aterrada onde haviam alagados e era conhecida como Praia Rasa.

Foto: Reprodução

Na divisa dos bairros Manguinhos e Benfica passamos embaixo do viaduto da linha cargueira Japeri-Arará. Esse viaduto foi construído em 1974, mesmo ano em que foi inaugurada a Ponte Rio-Niterói. Antes da existência do viaduto havia uma passagem de nível no local.


Foto: Reprodção


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Agora em Benfica, passamos brevemente até a Rua Prefeito Olimpo de Melo no bairro de Benfica, e depois seguimos por São Cristóvão até o acesso ao Viaduto do Gasômetro e à Ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói).

No bairro do Caju seguimos por baixo do Viaduto o Gasômetro até o Canal do Mangue. Após a travessia deste chegamos no Santo Cristo, onde está localizada a Rodoviária Novo Rio.

Agora na Avenida Rodrigues Alves seguimos até a Gamboa, onde na altura da Cidade do Samba acessamos a Via Binário do Porto. Seu percurso contempla o Túnel da Saúde, que atravessa o morro com o mesmo nome e nos leva até a Avenida Venezuela.

Com a inauguração da Via Expressa da Avenida Rodrigues e do Túnel Marcelo Alencar em 2016, as linhas de ônibus que circulam na região tiveram se trajeto alterado.


Entramos na Rua Barão de Tefé e continuamos pela Rua Camerino, a mudança de nome ocorre após o cruzamento com a Rua Sacadura Cabral, mesmo ponto onde está localizado o Cais do Valongo. 

As ruas Barão de Tefé e Camerino fazem divisa entre os bairros da Saúde e da Gamboa.

Ao chegar na Praça dos Estivadores, entramos na Rua Barão de São Félix, essa também limita o bairro da Gamboa com o Centro. Seguimos por ela até o fim, no Terminal Rodoviário Américo Fontenelle.


A linha para na plataforma C do terminal, sendo ela a primeira da fila, dividindo suas baias com as variantes executivas.


Morro da Providência

Integrante do perímetro reconhecido como Zona Portuária, o Morro da Providência é considerado pelos pesquisadores como a primeira favela do Brasil: o Morro da Favela. 


No fim dos século XIX, após a instalação da Estação Central, ruas foram abertas e consolidadas na área pelos donos das pedreiras e proprietários de terras e negócios. O comércio de atacado e as oficinas para conserto de carroças proliferam pelas ruas do Príncipe e da Princesa, antigas nominações das ruas Senador Pompeu e Barão de São Félix. Os armazéns de secos e molhados proliferaram em toda a extensão da circunferência que partia do Largo do Depósito – hoje Praça dos Estivadores – até o Morro da Providência.

A diversificação dos gêneros alimentícios e a proximidade das fábricas da região com o Centro aumentou o trabalho dos ambulantes, já que a circulação de pessoas era muito grande. Por conta do fluxo crescente no entorno da Estação ao longo do século XIX e início do XX, foi instalado ali em 1978 o Terminal Rodoviário Américo Fontenelle, hoje em processo de reconstrução.

Estação Central do Brasil
A sua arquitetura, com plataformas largas e abertas para a rua, possibilitou que trabalhadores ocupassem seu interior para a venda de mercadorias. A área do Morro da Providência é extensa e composta por mais de uma dezena de localidades: Pedra Lisa, Sessenta, Morrinho, Barão da Gamboa, Grota, Toca, Cantão, Bica, Nova Brasília, Ladeira do Faria, Ladeira do Barroso, 6 Escadaria, AP, Cruzeiro, Largo da Igreja, Buraco Quente.

Há ainda a área limítrofe à favela, chamada também de área da Central que é composta por: Cajueiros – eixo da Rua Audomaro Costa com a Alfredo Dolabela Portela; área da Barão de São Felix e da Senador Pompeu, e área da Rua Rego Barros. Além dessas localidades temos a área entre o Morro e a Baía, que é conhecida como: Livramento, Marítima, Vila dos Portuários, Praça dos Servidores, Pedro Ernesto.

Porto do RJ - Início do século XXI

Toda essa zona, especialmente aquela localizada entre os bairros da Saúde e Gamboa – que fazem junto com o bairro do Santo Cristo limite com o Morro da Providência – foram palco de duas importantes revoltas no início do século XX: a Revolta das Carnes Verdes (1902) e a Revolta da Vacina (1904). 

Essas manifestações de resistência eclodiram nas ruelas desses bairros contra ações e determinações oficiais que prejudicavam e alteravam negativamente o cotidiano dos pobres, condição da maioria dos habitantes dessas áreas. Revoltados contra imposições dos governantes, os pobres rebelaram-se exigindo mais informações e melhores condições de vida, seja através da exigência de melhores preços e variedade nos alimentos, seja contra a ação das políticas de estado sobre seus corpos.


As transformações relacionadas às atividades no cais do porto também geraram impacto na vida dos trabalhadores que viviam delas e por intermédio dessas atividades estabeleceram ou fixaram moradia na área entorno do cais. A região portuária leva o trabalho portuário no nome das ruas, na sociabilidade dos percursos, e na organização da classe – os sindicatos ligados ao trabalho no porto estão todos instalados ali.



Curiosidades:

A linha teve origem na Viação Presmic na década de 50 com trajeto até o Terminal Mariano Procópio na Praça Mauá


A trajetória da Viação Presmic foi marcada por diversas tragédias, levando o seu fechamento em 1975, quando foi absorvida pela Transportadora Tinguá que na época operava linhas municipais em Nova Iguaçu e outras intermunicipais.

Com a inauguração do Terminal Rodoviário Coronel Américo Fontenelle em 1978, a linha ganha uma variante com aquele destino (Central).



Em 1975 a Transportadora Tinguá passava por uma nova reestruturação.
Com a aquisição da Presmic, a Tinguá criou a Viação Rival e a Rio Lisboa, onde houve a divisão das linhas e setores.

Transportadora Tinguá > Passou a operar apenas no setor intermunicipal (Linhas ex Presmic)
Rio Lisbôa Transporte e Turismo > Belford Roxo x Bonsucesso (ex Tinguá)
Rival Transportes > Linhas Municipais de Nova Iguaçu (ex Tinguá)
*Em 1975, a Viação Rival foi extinta e as linhas passaram a ser operadas pela Elmar, extinta em 2008.

* Sua linha Caxias x Nova Iguaçu foi passada para a Master Transp.


Versões Rodoviárias


Através da portaria do Departamento de Transporte Rodoviário n° 1150 de 28 de maio de 2014, as linhas e serviços metropolitanos Seletivos/Especiais de transporte coletivo operado por ônibus rodoviários receberam numerações exclusivas.




As linhas seletivas da 490B receberam os códigos:


2490B Miguel Couto x Praça Mauá via Luís Lemos e Linha Vermelha
4490B Miguel Couto x Central via Luís Lemos e Avenida Brasil


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Referências Bibliográficas
Prefeitura da Cidade de Nova Iguaçu, Estradas de Ferro, Cia de Ônibus, Rio Ônibus, Formação das Estradas de Ferro do Rio de Janeiro, Porto Maravilha, Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio que Passou, Portal GEO, Hospedaria Ilha das Flores, Subúrbios do Rio, Fundação Rosa Luxemburgo, Mundo em Mutação.
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Rotas Fluminenses: MP14 Piraí x Seropédica via Caiçara

Dados da linha:
Linha: MP14 Piraí x Seropédica via Caiçara
Empresa: RJ174 Viação Cidade do Aço Ltda
Tipo: Urbana Intermunicipal

A linha parte da Rodoviária Thereza Bastos Muller que está localizada no centro do município às margens da Estrada RJ-145 que liga o distrito de Passa Tês em Rio Claro até Manuel Duarte em Rio das Flores.



O município de Piraí remete aos tempos áureos das plantações do século XVIII. Teve seu início marcado pela construção da Capela de Sant’Anna, em 1772. Hoje, reformada, abriga a principal igreja da cidade.

Outra construção remanescente do período dos barões é o Casarão de Arrozal, no distrito de mesmo nome. A natureza preservada da região está protegida através dos parques da Mata do Amador e do Lago do Caiçara. Já o Reservatório de Ribeirão das Lajes abriga centenas de animais como tatu, capivara, anta, javali e onça pintada, além de espécies variadas de peixes.


O desbravamento de seu território é conseqüencia do trânsito que, desde a segunda metade do século XVI, se verificava no Rio Paraíba, pelo qual se faziam as comunicações entre as "Minas Gerais" e o Rio de Janeiro. 

São tidos como primeiros povoadores de seu solo, sendo ignoradas as datas em que estabeleceram na região pequenas culturas, Quitéria Rodrigues, Domingos Alvares dos Reis Lousada, José Urbano, Antônio Jorge e João Batista Feijó.

Em 1811, o bispo D.José Caetano resolveu conceder-lhe o predicamento de freguesia curada. Seis anos mais tarde passou à categoria de freguesia perpétua. Em 1837 foi elevada à categoria de Vila com a denominação de Santana do Piraí e grande foi o surto de progresso que se verificou na região principalmente com a cultura do café.


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Saindo do terminal seguimos pela RJ-145 denominada Rua Bulhões de Carvalho até o bairro Santa Amália. A partir daí a estrada passa a se chamar Avenida Guadalajara até a divisa com o município de Rio Claro. Vale considerar que a RJ-145 acompanha o leito do Rio Piraí desde Rio Claro até Barra do Piraí, onde este deságua no Rio Paraíba do Sul.



A atual rodoviária foi construída no local onde até 1944 havia a estação ferroviária de Pirahy.

A estação foi construída e inaugurada em 1883. Junto à estação havia uma oficina.
Em 1896 a Estrada de Ferro Sapucaí compra o ramal de Passa Três e o incorpora à Linha da Barra.
Em Barra do Piraí havia a transferência entre as composições para dar sequência à viagem, já que as bitolas não eram as mesmas entre as linhas. Então a Linha da Barra integrava o trecho Soledade - Barra do Piraí - Piraí - Passa Três.




No início da década de 1940 foram erradicados o trecho Barra do Piraí-Passa Três e em 1944 a linha foi arrancada e a estação de Piraí foi demolida.
O que hoje chamamos de Estrada RJ-145, nada mais é do que o caminho por onde passava a ferrovia que acompanhava o curso do Rio Piraí. No local da estação de Piraí foi construído um terminal rodoviário.



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No bairro Quatro de Abril encontramos com a BR-116 Rodovia Presidente Dutra e continuamos a viagem por ela em direção à Seropédica.

Na saída 232 da rodovia chegamos em Ribeirão das Lajes no entroncamento com a Estrada RJ-139 Rodovia Presidente Washington Luiz. Essa é parte integrante da Antiga Estrada Rio-São Paulo, aberta em 1928.

Chegando em Caiçara as pistas da Via Dutra se separam e voltam a se encontrar em Ponte Coberta no município de Paracambi.

Passamos por diversas curvas sinuosas e vists esplêndidas da Serra das Araras e da Represa de Ribeirão das Lajes.


Monumento Belvedere - Monumento aos Rodoviários

Um descaso que já dura 35 anos. No topo da Serra das Araras, às margens do Km 226 da Via Dutra, em Piraí, no Sul Fluminense, o Monumento Belvedere, fechado desde 1978, virou símbolo do abandono de patrimônios nacionais. 


Monumento aos Rodoviários  - 1939

Localizado numa área de 54 mil metros quadrados de construção arquitetônica em estilo art déco, o monumento teve sua pedra fundamental lançada em 1928 pelo presidente Washington Luiz, como marco da abertura de estradas no Brasil e em homenagem aos rodoviários.

O local ostenta um imponente farol de 46 metros de altura, erguido sobre dois pavimentos, que abrigavam um restaurante. O equipamento — único do gênero no Brasil — lançava fachos de luz que giravam 360 graus, alertava pilotos de aeronaves e podiam ser vistos a longas distâncias. Na base da construção, na parte externa, oito raros baixos-relevos, em que figuras sobrelevam o plano que lhes serve de fundo, de autoria do escultor francês Freyhoffer, narrando a evolução dos meios de transporte no Brasil desde a época da escravidão.


Na parte interna, quatro painéis de Cândido Portinari, com o tema “A construção de uma rodovia”, em alusão à abertura da Via Dutra, foram retirados em outubro de 2000 e levados para o Museu de Belas Artes do Rio.



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Ainda em Ribeirão das Lajes, passamos próximo à Usina Hidrelétrica Pereira Passos e chegamos em Ponte Coberta no município de Paracambi.

Ponte Coberta marca o início da subida da serra onde em 1967 ocorreu a pior tragédia na Serra das Araras.


A Serra das Araras foi o palco da maior tragédia do Brasil




Em março de 1967, um temporal atingiu a região e provocou deslizamentos em um diâmetro de aproximadamente 30 quilômetros construindo um enorme cemitério provocado pela natureza.

Cerca de 1400 mortos, onde apenas 300 corpos foram encontrados na pior tragédia registrada no Brasil até aquele ano.


Ônibus da Viação Cometa na Serra das Araras, em 1967.
Motorista só não salvou um passageiro

Durante o dissolvimento do relevo, os rios de lama desceram arrastando ônibus, carros e caminhões. A maioria dos veículos soterrados jamais foram encontrados, assim como mais de mil corpos. Devido a uma ponte que foi arrastada e encoberta pela avalanche, a Via Dutra teve seus dois sentidos interditados interditados por mais de três meses.


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Passando em Ponte Coberta, temos a saída 219 da Via Dutra que dá acesso ao bairro, às usinas hidrelétricas de Pereira Passos e a usina PCH Paracambi (Pequena Central Hidrelétrica de Paracambi), assim como a Vila Theodoro em Paracambi onde termina na RJ-127 Estrada do Cabral.



Usina de Fontes - Trilhos ao lado direito














Essa estrada foi aberta em 1907 para construção da Estrada de Ferro Fontes, criada para auxiliar na construção da Usina de Fontes e a represa de Ribeirão das Lajes. A linha suprimida em 1950 iniciava na estação Lages do ramal de Paracambi.
Na baldeação os engenheiros e colaboradores da usina embarcavam em um trólei que seguia para a usina.





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Em poucos metros a frente estamos ao lado do Rio das Lages e seguimos o seu leito até Ibituporanga em Itaguaí. A entrada no município de  Itaguaí é marcada pela Travessia do Rio das Lajes e pela Estrada de Cacaria que começa nesse ponto e vai até o bairro com esse nome em Piraí.

Após esse ponto chegamos em Belvedere no entroncamento com a RJ-127 Estrada do Cabral, nesse ponto temos a fronteira entre Paracambi, Seropédica e Itaguaí, e quando passamos o acesso à Estrada dos Caçadores entramos no município de Seropédica.

Em Santa Sofia acessamos a Rodovia BR-465 Antiga Estrada Rio-São Paulo e após a praça do pedágio vamos em direção ao centro atravessando o Floresta Nacional Mário Xavier e cruzando o Arco Metropolitano.



Em poucos instantes chegamos em Fazenda Caxias, onde estão localizados o centro econômico do município de Seropédica e o fim da nossa viagem na Avenida Ministro Fernando Costa. Essa é integrante da Rodovia BR-465 Rodovia Luiz Henrique Rezende Novaes.

Na volta à Piraí, a linha segue até a rotatória da BR-465 em frente à entrada da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e segue em direção à Via Dutra.


Seropédica - "A Cidade da Seda"

A história de Seropédica está ligada diretamente à produção de seda. A região, na época chamada de Segundo Distrito (de Itaguaí), era conhecida por produzir a melhor do mundo. O próprio nome da cidade mostra essa ligação.

Ele é originário da fazenda Seropédica do Bananal de Itaguaí, de propriedade de Luiz Resende, que por volta de 1875, chegou a produzir cerca de 50 mil casulos de bichos da seda por dia.
O nome Seropédica surgiu da formação das palavras:
sericeo ou serico, de origem latina, que significa seda, e pais ou paidós, de origem grega, que significa tratar ou consertar. Um local, portanto, onde trata ou se fabrica seda.



Em 1995, face a edição da Lei n.º 2.446 de 12 de outubro, Seropédica tornou-se município independente de Itaguaí, e foi instalado em 01 de janeiro de 1997. Com a emancipação, Seropédica teve sua economia movimentada e ganhou grandes obras de infraestrutura.




Curiosidades e informações complementares:

Nos anos 70 a Viação Cidade do Aço expandiu a sua área de atuação quando a Evanil Transportes e Turismo entrou para o grupo em 1973.



Entre os novos itinerários estão as linhas do Sul Fluminense para municípios da Baixada Fluminense, como Itaguaí, Seropédica e Nova Iguaçu, assim como Mangaratiba, que já não pertence à Baixada.

Entre essas linhas para a Baixada Fluminense surgiu a MP14 Piraí x Seropédica

A Evanil também liga Nova Iguaçu a Volta Redonda, Barra Mansa e Resende.





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Referências Bibliográficas

Concessionária Novo Rio, IBGE Cidades, Cia de Ônibus, FLV, Seropédica Online, São Paulo Antiga, MAPIO, Contexto Livre, SILVA Ruan, Trilhos do Rio, Estações Ferroviárias, Itaguaí Antigo, Viação Cidade do Aço.
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