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Rotas Fluminenses: 770D Candelária x Itaipu

Dados da linha:
Linha: 770D Candelária x Itaipu
Empresa: RJ 211 Viação Pendotiba
Tipo: Urbana Intermunicipal



A linha parte da Rua Acre no bairro da Saúde, na região Central do Rio de Janeiro.

Nesta rua e proximidades estão localizados os pontos finais de outras linhas que ligam a capital às cidades da costa leste da Baía de Guanabara como Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá.


7721D - Santa Izabel X Rua Acre - Foto: Carlos Bernardes

Linhas estas que tinham seus pontos localizados no Terminal Rodoviário Urbano da Misericórdia, construído e inaugurado em 1987 na Praça XV de Novembro. Era o ponto de partida de diversas linhas urbanas na cidade do Rio e cidades vizinhas.

Terminal Rodoviário Urbano da Misericórdia - Foto: Jornal Extra
O terminal foi desativado em 2011, a pedido do presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Luiz Zveiter ao prefeito Eduardo Paes. 
Segundo Zveiter, a desativação do terminal foi por motivo de segurança, onde a intenção era construir uma praça monitorada por câmeras.



O fechamento do terminal aconteceu por volta das 5h desta quinta-feira, quando oficiais de justiça e PMs pegaram de surpresa os rodoviários e usuários dos ônibus.

Com essa desativação, as linhas que antes paravam no terminal foram espalhadas por diversas ruas do centro da cidade, com as maiores concentraçãoes na Rua Santa Luzia, Avenida Presidente Vargas e Rua Marechal Floriano, as duas últimas nas proximidades da Igreja da Candelária.


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Partindo dali, a linha segue em direção à Praça Mauá, onde acessa a Avenida Rio Branco. Dali, seguimos em direção à Candelária, onde entramos na Avenida Presidente Vargas em direção à Cidade Nova.

No trevo das Forças Armadas entramos à direita na Avenida Francisco Bicalho e em seguida pegamos a pista Central para acessarmos o Viaduto do Gasômetro e em seguida a Ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói)



A Ilha do Mocanguê

A Ilha de Mocanguê, onde se localiza a Base Naval do Rio de Janeiro (BNRJ), foi recebida pela Marinha do Brasil por doação do Governo Federal em 21 de dezembro de 1973.

Base Naval Rio de Janeiro na Ilha do Mocanguê - Foto: Reprodução da internet

É constituída por duas ilhas conjugadas, conhecidas por Mocanguê Grande e Mocanguê Pequena. Na pequena se localizava o estaleiro e as oficinas da Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, a grande sempre pertenceu à Marinha. Quando se decidiu incorporar a Base Naval do Rio de Janeiro, aterrou-se o canal que separava as ilhas.


Ponto de ônibus na Ilha do Mocanguê - Foto: Jornal O Fluminense

A história de nossa Base tem início em janeiro de 1976, quando o Comandante de Operações Navais autorizou o núcleo de implantação da futura Estação Naval do Rio de Janeiro que foi oficialmente criada em 14 de julho de 1977.

Em 08 de agosto do mesmo ano o Navio-Oficina Belmonte atracou no Píer da Ilha de Mocanguê e, uma semana mais tarde, seis Contratorpedeiros foram transferidos do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro para a recém ativada Organização Militar.

Ilha do Mocanguê - Foto: Reprodução da internet

Em 12 de maio de 1986 foi extinta a Estação Naval e, no dia 15 de maio de 1986 foi criada a Base Naval do Rio de Janeiro, integrada por uma série de Organizações Militares voltadas para a capacitação de pessoal para o exercício de cargos e funções na Marinha do Brasil.


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Passamos pelas ilhas do Mocanguê e do Caju até chegarmos na Praça do Pedágio da concessionária EcoPonte, localizado na Ilha da Conceição. Daqui seguimos pelo acesso ao Centro de Niterói, passando pela alça de descida da Avenida Jansen de Melo no meio da Praça do Expedicionário.

Praça dos Expedicionários - 1917


A Praça dos Expedicionários é marcada pelo entroncamento das rodovias BR-101 Rodovia Governador Mário Covas e a Alameda São Boa Ventura, que é sequência da RJ-104 Rodovia Niterói-Manilha.


Construção dos viadutos de acesso à Ponte Rio-Niterói (Avenida Feliciano Sodré - 1973)

Nesse local também se inicia a Ponte Presidente Costa e Silva, que é trecho integrante da BR-101. A praça dos Expedicionários já abrigou o Gran Circo Norte-Americano, palco de uma grande tragédia.


Gran Circo em Niterói

No dia 17 de dezembro de 1961, sob a lona verde e laranja do Gran Circo Norte-Americano, a plateia esperava ansiosa pelo número que encerrava o espetáculo do dia.



Grand Circ na Praça dos Expedicionários - Foto: Reprodução da internet

A trapezista Nena, apelidada de Antonietta Stevanovich, terminava o seu salto tríplice e esperava os costumeiros aplausos, quando um incêndio criminoso lambeu, às 15h45, a lona parafinada que cobria o picadeiro. Nena e os outros dois parceiros trapezistas escaparam ilesos. As outras 2.500 pessoas, não.


Cartaz do Gran Circo anunciava sua chegada na cidade de Niterói, no Rio - Foto: Jornal do Brasil
O incêndio do Gran Circo deixou um sentimento de aversão aos espetáculos itinerantes em Niterói, e promoveu uma enorme comoção no Brasil inteiro. Fez surgir o profeta Gentileza, e também se tornou um marco na carreira do cirurgião Ivo Pitanguy. Foi neste episódio que João Goulart, presidente à época, chorou na frente dos fotógrafos, ao conversar com uma das vítimas.


Oficiais dos Bombeiros trabalhavam para apagar o fogo que botou o Gran Circo abaixo - Foto: Jornal do Brasil
Apesar da comoção, Niterói preferiu varrer da sua história a memória da tragédia que feriu quase um país inteiro. Os espetáculos circenses só voltariam ao município em 1975, com a chegada do circo Hagenback, que inaugurou com lona importada à prova de fogo, saídas de emergência, extintores de incêndio e bombeiros de plantão. 


Durante escavações para reforçar a estrutura do terreno, já na década de 80, funcionários encontraram ossadas humanas, resquícios do incêndio durante o espetáculo que, em menos de dez minutos, terminou em cinzas.


A elefanta salvou

Uma elefante fêmea que estava no picadeiro se tornou, anos depois, uma das heroínas do incêndio. Pronta para entrar em cena, Semba disparou em uma corrida desesperada quando um pedaço de lona queimada lhe caiu sobre o couro. Ao atravessar a lona, o animal abriu caminho e acabou salvando inúmeras pessoas – mas também fez vítimas em seu trajeto. Nos jornais da época, o feito de Semba ganhou destaque: “Com a tromba, atirou a distância dois assistentes, que conseguiram salvar-se".


O Profeta Gentileza

O incêndio do Gran Circo Norte-Americano fez surgir o profeta Gentileza, figura conhecida por suas famosas mensagens nas pilastras do Caju. Reza a lenda que o excêntrico personagem enlouqueceu ao perder a família na tragédia, mas Mauro Ventura desmente o mito em O espetáculo mais triste da Terra.


Fotos: Labohi - Laboratório de História Oral e Imagens da UFF
José Datrino, nome verdadeiro de Gentileza, trabalhava com uma frota de caminhões. Quando o Gran Circo foi incendiado, Datrino recebeu um “chamado divino”, segundo o qual deveria “consolar os desconsolados” que perderam tudo com a tragédia. A partir de então, Datrino virou Gentileza, o profeta. Deixou a família, pegou seu caminhão, comprou 200 litros de vinho e se dirigiu à Av. Rio Branco, em Niterói, para oferecer, de graça, um copo da bebida como consolo para quem quisesse. 

Gentileza também montou uma casa no local do incêndio, plantou flores e fincou uma placa: “Bem-vindo ao Paraíso do Gentileza. Entre, não fume, não diga palavras obcenas”. Viveu durante quatro anos no local consolando as pessoas que por lá passavam.


Novo Cemitério

O cemitério do Maruí, no Barreto, em Niterói, não possuia capacidade suficiente para enterrar todas as vítimas da tragédia. A maioria dos vitimados da tragédia não tinham como serem sepultados em Cemitérios dessa cidade. Então a Prefeitura de São Gonçalo teve de ajudar na construção de um novo cemitério (Cemitério São Miguel) com o qual parte das terras do Palacete do Mimi foram desapropriadas.



Ampliação do cemitério do Maruí
Foto: Reprodução da internet
Uma semana antes do Natal de 1961, o incêndio do Gran Circus Norteamericano deixou mais de 370 mortos e 120 mutilados. Foi a maior tragédia já vivida em Niterói e causou comoção no mundo inteiro, com votos de pesar inclusive do Papa João XXIII. A cidade ficou traumatizada e só voltou a ver um circo 14 anos depois. O fogo durou cerca de dez minutos e consumiu rapidamente a lona recém-adquirida, que pesava seis toneladas e era de nylon (detalhes que faziam parte da propaganda do circo).

A cobertura, em chamas, caiu sobre os 2.500 espectadores. A multidão tentou fugir, o que causou pânico e pisoteamento.

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No Centro da cidade passamos pelas ruas São João, Barão de Amazonas, da Conceição e Doutor Celestino, essa última nos leva até a Avenida Marquês do Paraná, onde chegamos ao bairro de Icaraí.

Em Icaraí, atravessamos as ruas Miguel de Frias e Gavião Peixoto, onde teremos acesso ao Túnel Roberto Silveira através da Rua Joaquim Távora.

Contrução do Túnel do Saco de São Francisco - Foto: Reprodução da internet

O Túnel Roberto Silveira liga os bairros de Icaraí e São Francisco, foi construído na década de 1950, na gestão do então prefeito Alberto Rodrigues Fortes. O seu nome é uma homenagem ao político fluminense Roberto Silveira

Agora no bairro de São Francisco, estamos na Estrada Fróes e passamos rapidamente na Avenida Quintino Bocaiúva, quando na altura da Praça José Marti entramos na Avenida Presidente Roosevelt, margeando o Canal de São Francisco.

O Canal de São Francisco é formado pelas águas dos Canais da Grota e Canal da Cachoeira, trazendo o curso d'água já poluído do Largo da Batalha, Cachoeira, Grota do Sururucucu e finalmente em São Francisco, onde desagua na Baía de Guanabara.


Pela Avenida Presidente Roosevelt, chegamos ao bairro Cachoeira, a via termina na Avenida Rui Barbosa e nos leva até o Largo da Batalha.


Aqui se inicia a Avenida Francisco da Cruz Nunes, uma das principais vias de acesso à Região Oceânica de Niterói. Por ela, saeguiremos do Largo da Batalha, atravessano os bairros do Cantagalo, Cafubá, Jacaré, Piratininga, Santo Antônio e Maravista até chegarmos no Itaipu.

Corredor Transoceânico - Foto: Reprodução da internet

Chegando ao Cafubá, a estrada tem seu leito compartilhado com o Corredor Transoceânco. As obras do corredor expresso estão em processo de conclusão. O corredor do tipo BHS liga o bairro do Engenho do Mato, na Região Oceânica, ao de Charitas, na Zona Sul, e por ele circularão ônibus elétricos.

Os terminais do corredor BHS de Niterói terão piso na altura do passeio público, com bicicletário, câmeras de segurança, sistema de sonorização (o que garante comunicação do centro de controle com os passageiros), painéis com tempo de chegada dos ônibus na estação, e um telão onde os usuários poderão acompanhar a localização dos ônibus no mapa. 

A expectativa é de que o corredor tenha uma nova frota de 100 ônibus, dos quais 40 elétricos adquiridos pela prefeitura, cedidos por tempo determinado ao consórcio que atua na Região Oceânica (TransOceânico). Todos os veículos seguirão o conceito BHS, com piso baixo e porta dos dois lados. Nesse sistema os ônibus têm ar-condicionado, portas dos dois lados e circulam em faixas exclusivas. As estações ficarão localizadas em um intervalo médio de 400 metros, para que a população precise caminhar no máximo 200 metros entre uma unidade e outra.

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Chegando em Itaipu, no entroncamento das estradas RJ-102 com RJ-108 está o acesso à Estrada de Itacoatiara, onde entramos e contornamos na altura do DPO do bairro de Itacoatiara.


A linha ainda faz um retornro na Estrada Itacoatiara, no bairro com mesmo nome e em seguida volta para a Avenida Francisco da Cruz Nunes, onde termina a viagem.

A linha para atras das linhas da Auto Viação 1001 junto com as linhas municipais da Viação Pendotiba:

38 Itaipu x Centro
38A Itaipu x Centro via Engenho do Mato
38B Itaipu x Charitas via Engenho do Mato
52 Baldeador x Itaipu
52A Baldeador x Itaipu via Túnel Charitas/Cafubá



Dados adicionais:
Originalmente a linha realizava o itinerário Itaipu x Estácio, até ser levada para o "Castelo".




No final de 1986, ainda sob a intervenção do governo estadual, a Auto Viação ABC inaugurou a linha Castelo x Pendotiba (tarifa), posteriormente operada pela Normandy e repassada para a Pendotiba.



A linha garantiu uma ligação direta entre o Centro do Rio e a região de Maria Paula e Largo da Batalha, além de reduzir a ociosidade dos veículos durante a semana. 


Eram 6 ônibus. Nesta época foram inauguradas também a Niterói x Sacramento (atualmente da Fagundes) e a Niterói x Amendoeira via RJ104 (atualmente da Mauá).


A linha de "Frescões" da ABC entrou em operação partindo com intervalos de 30 minutos nas duas pontas, com passagem a Cr$7 mil, atendendo a reinvindicações dos moradores do bairro e resolvendo também um problema dos administradoresda empresa, que era a osciosidade dos frescões durante a semana. A linha não circulava aos sábados, domingos e feriados.


Embora tenha destinado seis ônibus para fazer o percurso de 75 quilômetros de ida e volta, o então interventor da ABC, Júlio Morandi expeculava adicionar mais veículos se necessário.

Alguns dias após a encampação da empresa, os interventores descobriram que os antigos donos mantuam uma empresa de turismo, em regime de caixa 2, com uma frota de 26 ônibus de luxo, destinada ao aluguel para excursões.

Após a interrupção de dois dias, os novos administradores reabriram a a empresa de turismo e constataram que a maior parte da frota de "frescões" ficava parada na garagem durante a semana, pois a procura para excursões era restrita, quase que exclusivamente aos finais de semana. Com a criação da linha Pendotiba x Castelo, o problema foi resolvido.



O ponto final da linha ficava em frente à Rua Expedicionário Hercílio Gonçalves, na Estrada Velha de Maricá, entre o Trevo e a Rodovia Amaral Peixoto. No Rio de Janeiro, a linha fazia parada no Terminal Garagem Menezes Cortes.

Segundo o interventor, a receita da empresa cresceu após a Encampação e mesmo o empréstimo de Cr$ 1,4 bilhão tomado ao Banerj já havia sido inteiramente pago.

Segundo Morandi, o crescimento da receita foi possível com a criação da linha de "frescões" Pendotiba x Castelo, além das ligações Amendoeiras x Niterói e Sacramento x Niterói, inauguradas em 28 de setembro daquele ano.

A ABC na época contava com uma estrutura administrativa moderna, ate mesmo com sistema de computação e ambulatório disponíveis,podendo realizar admissões de funcionários em melhores condições, tendo naquela época também assumido os trabalhos nos setores de pessoal e contabilidade da Viação Estrela, tembém encampada na época. Morandi não tinha a intensão de incorporar a Viação Estrela à ABC. Segundo ele, a Viação Estrela não possuía estrutura e nem pessoal para fazer os trabalhos, por isso estava dando apenas suporte, tanto na parte administrativa quanto na mecânica, com cessão de peças e carros-guinchos.

Após a encampação, os proprietários da Auto Viação ABC receberam a empresa com prejuízos na faixa de 2 milhões de dólares.
Buscando recuperar o patrimônio, a administração coloca à disposição dsos seus usuários mais 15 ônibus novos financiados pelo FINAME através do Banco Bamerindus, melhorando ainda mais o padrão de qualidade dos serviços que presta à população de Niterói, São Gonçalo e Rio de Janeiro.





A linha de "frescão" ficou inativa por muitos anos, até ser adquirida e reativada pela Normandy do Triângulo, que a operou até 2008 com micros e semi-rodoviários, deixando então para a Viação Pendotiba, pertencente ao mesmo grupo acionário e com operação na região, inclusive com a linha urbana com o trajeto idêntico.



Com a tranferência da linha para a Viação Pendotiba, a linha recebeu uma versão urbana com a numeração 771D.



Através da portaria do Departamento de Transporte Rodoviário n° 1150 de 28 de maio de 2014, as linhas e serviços metropolitanos Seletivos/Especiais de transporte coletivo operado por ônibus rodoviários receberam numerações exclusivas.
Com essa mudança, a linha recebeu o código 1920D Pendotiba x Castelo.



Com as mudanças de transito no Centro do Rio, a linha foi "dividida" em duas,o serviço executivo continuou o mesmo ponto final no castelo. Já o serviço urbano teve seu ponto tranferido para a Rua Marechal Floriano, e atualmente devido às obras de ampliação do Sistema de VLT Carioca, a linha foi tranferida para a Rua do Acre.


A linha 770D também possui uma versão rodoviária, a linha 1910D Castelo Itaipu foi operada pela Viação Normandy do Triângulo e atualmetnte é operada pela Auto Viação 1001.




Referências Bibliográficas


Jornal do Brasil, Diário de Classe, Cia de Ônibus, DER-RJ Departamento de Estrada de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro, Ônibus Brasil, Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Niterói, Transoceânica Niterói, James Frederick Clark S.A., Jornal Extra, Base Naval do Rio de Janeiro, Jornal O Fluminense.

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Rotas Fluminenses: 549M Niterói x Santa Izabel via Tribobó

Dados da linha:
Linha: 549M Niterói x Santa Izabel via Tribobó
Empresa: RJ 101 Auto Ônibus Fagundes
Tipo: Urbana Intermunicipal



A linha parte do Terminal Rodoviário João Goulart, de onde partem as linhas intermunicipais e municipais da cidade de Niterói.




Saindo do terminal, vamos em direção à Avenida Visconde do Rio Branco, uma das principais via do Centro de Niterói, onde estão localizados a Estação das Barcas e o Plazza Shopping.






Na Visconde de Rio Branco seguimos em direção à Ponta D'Areia, onde acessamos a Avenida Feliciano Sodré, que nos levará até a Praça dos Expedicionários.

Praça dos Expedicionários - 1917

A Praça dos Expedicionários é marcada pelo entroncamento das rodovias BR-101 Rodovia Governador Mário Covas e a Alameda São Boa Ventura, que é sequência da RJ-104 Rodovia Niterói-Manilha.


Construção dos viadutos de acesso à Ponte Rio-Niterói (Avenida Feliciano Sodré - 1973)

Nesse local também se inicia a Ponte Presidente Costa e Silva, que é trecho integrante da BR-101. A praça dos Expedicionários já abrigou o Gran Circo Norte-Americano, palco de uma grande tragédia.



Gran Circo em Niterói

No dia 17 de dezembro de 1961, sob a lona verde e laranja do Gran Circo Norte-Americano, a plateia esperava ansiosa pelo número que encerrava o espetáculo do dia.



Grand Circ na Praça dos Expedicionários - Foto: Reprodução da internet

A trapezista Nena, apelidada de Antonietta Stevanovich, terminava o seu salto tríplice e esperava os costumeiros aplausos, quando um incêndio criminoso lambeu, às 15h45, a lona parafinada que cobria o picadeiro. Nena e os outros dois parceiros trapezistas escaparam ilesos. As outras 2.500 pessoas, não.


Cartaz do Gran Circo anunciava sua chegada na cidade de Niterói, no Rio - Foto: Jornal do Brasil
O incêndio do Gran Circo deixou um sentimento de aversão aos espetáculos itinerantes em Niterói, e promoveu uma enorme comoção no Brasil inteiro. Fez surgir o profeta Gentileza, e também se tornou um marco na carreira do cirurgião Ivo Pitanguy. Foi neste episódio que João Goulart, presidente à época, chorou na frente dos fotógrafos, ao conversar com uma das vítimas.


Oficiais dos Bombeiros trabalhavam para apagar o fogo que botou o Gran Circo abaixo - Foto: Jornal do Brasil
Apesar da comoção, Niterói preferiu varrer da sua história a memória da tragédia que feriu quase um país inteiro. Os espetáculos circenses só voltariam ao município em 1975, com a chegada do circo Hagenback, que inaugurou com lona importada à prova de fogo, saídas de emergência, extintores de incêndio e bombeiros de plantão. 

Durante escavações para reforçar a estrutura do terreno, já na década de 80, funcionários encontraram ossadas humanas, resquícios do incêndio durante o espetáculo que, em menos de dez minutos, terminou em cinzas.



A elefanta salvou

Uma elefante fêmea que estava no picadeiro se tornou, anos depois, uma das heroínas do incêndio. Pronta para entrar em cena, Semba disparou em uma corrida desesperada quando um pedaço de lona queimada lhe caiu sobre o couro. Ao atravessar a lona, o animal abriu caminho e acabou salvando inúmeras pessoas – mas também fez vítimas em seu trajeto. Nos jornais da época, o feito de Semba ganhou destaque: “Com a tromba, atirou a distância dois assistentes, que conseguiram salvar-se".


O Profeta Gentileza

O incêndio do Gran Circo Norte-Americano fez surgir o profeta Gentileza, figura conhecida por suas famosas mensagens nas pilastras do Caju. Reza a lenda que o excêntrico personagem enlouqueceu ao perder a família na tragédia, mas Mauro Ventura desmente o mito em O espetáculo mais triste da Terra.


Fotos: Labohi - Laboratório de História Oral e Imagens da UFF
José Datrino, nome verdadeiro de Gentileza, trabalhava com uma frota de caminhões. Quando o Gran Circo foi incendiado, Datrino recebeu um “chamado divino”, segundo o qual deveria “consolar os desconsolados” que perderam tudo com a tragédia. A partir de então, Datrino virou Gentileza, o profeta. Deixou a família, pegou seu caminhão, comprou 200 litros de vinho e se dirigiu à Av. Rio Branco, em Niterói, para oferecer, de graça, um copo da bebida como consolo para quem quisesse. 

Gentileza também montou uma casa no local do incêndio, plantou flores e fincou uma placa: “Bem-vindo ao Paraíso do Gentileza. Entre, não fume, não diga palavras obcenas”. Viveu durante quatro anos no local consolando as pessoas que por lá passavam.


Novo Cemitério

O cemitério do Maruí, no Barreto, em Niterói, não possuia capacidade suficiente para enterrar todas as vítimas da tragédia. A maioria dos vitimados da tragédia não tinham como serem sepultados em Cemitérios dessa cidade. Então a Prefeitura de São Gonçalo teve de ajudar na construção de um novo cemitério (Cemitério São Miguel) com o qual parte das terras do Palacete do Mimi foram desapropriadas.


Ampliação do cemitério do Maruí
Foto: Reprodução da internet
Uma semana antes do Natal de 1961, o incêndio do Gran Circus Norteamericano deixou mais de 370 mortos e 120 mutilados. Foi a maior tragédia já vivida em Niterói e causou comoção no mundo inteiro, com votos de pesar inclusive do Papa João XXIII. A cidade ficou traumatizada e só voltou a ver um circo 14 anos depois. O fogo durou cerca de dez minutos e consumiu rapidamente a lona recém-adquirida, que pesava seis toneladas e era de nylon (detalhes que faziam parte da propaganda do circo).

A cobertura, em chamas, caiu sobre os 2.500 espectadores. A multidão tentou fugir, o que causou pânico e pisoteamento.

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Após a Praça dos Expedicionários, acessamos o Corredor Metropolitano da Alameda São Boaventura, onde percorremos toda extensão no bairro do Fonseca.



O bairro tem sua geografia localizada no entorno da Alameda São Boaventura que é uma das principais vias da cidade, e é também utilizada como o principal elo de ligação entre a RJ-104 (Niterói-Manilha) e RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) à capital do Estado, Rio de Janeiro, o município de São Gonçalo e Maricá.

Em fevereiro de 2008, iniciou-se a construção de um corredor viário para organizar o trânsito e melhorá-lo nos horários de pico. A obra foi concluída em março de 2010, com uma melhoria significativa do trânsito na região.


A necessidade permanente de melhoria deste caminho e a intensificação da ocupação do Fonseca, levaram à sua urbanização, com a construção da Alameda São Boaventura e canalização do rio Vicência, passando o bairro também a ser dotado de outros serviços públicos.
Foto: Reprodução da internet

Niterói quando ainda era chamada de Vila Real da Praia Grande, no século XVIII, possuía grandes fazendas cujos sobrenomes dos proprietários acabou ganhando identificação, mais tarde, como nome de bairros. Essa é a história, por exemplo deste bairro. "Seu" Fonseca era José da Fonseca e Vasconcelos, dono de uma das maiores fazendas de cana-de-açúcar da região, que tinha engenho e capelinha.


Alamedda São Boaventura - Foto: Reprodução da internet
A construção do Corredor Metropolitano da Alameda São Boaventura, no bairro do Fonseca, é resultado de uma parceria entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura Municipal de Niterói. Com investimentos públicos de R$ 6.9 milhões, as obras civis foram iniciadas no final de 2007 e concluídas em março de 2010



O Corredor Metropolitano é o primeiro corredor expresso do estado do Rio dotado de faixas exclusivas para ônibus. Com seis quilômetros de extensão, contempla toda a Alameda São Boaventura (3,5 km de extensão), a Avenida Feliciano Sodré, Rua Saldanha Marinho, Rua Manuel Pacheco de Carvalho e a Praça Renascença, na confluência da Avenida Feliciano Sodré com Avenida Jansen de Mello. 



O projeto desenvolvido pela Secretaria de Estado de Transportes em conjunto com a NITTRANS - Niterói Transporte e Trânsito S/A, teve como objetivo reorganizar e modernizar o sistema viário da Alameda, que recebe diariamente fluxos de veículos e ônibus de linhas municipais e intermunicipais provenientes do Centro, Ponte Rio-Niterói, Região dos Lagos e Leste Fluminense.



Por esse corredor a linha faz parada em três pontos em toda sua extensão no bairro do Fonseca até o início da Estrada RJ-104 Rodovia Niterói-Manilha. As estações são: João brasil, Horto e Getulinho.

Na RJ-104 seguimos por uma região de relevo em serras conhecido como "Mar de Morros" e começamos a descida no bairro do Baldeador.



Com 25 quilômetros de extensão, a RJ-104 Rodovia Niterói Manilha liga o município de Niterói, na altura da localidade Caixa d'Água, bairro do Fonseca, até o Trevo de Manilha, no distrito de Manilha, município de Itaboraí.

Junto com a RJ-116, foi criada na década de 1950 com o nome de Rodovia Tronco Norte Fluminense, de acordo com o Plano Rodoviário Fluminense realizado no governo de Amaral Peixoto. Saindo de Niterói, atravessa diversos bairros do município de São Gonçalo, como Alcântara.


Auto Viação 1001 operando a linha 484 Niterói x Alcântara ano 1972


Trata-se de uma das principais rotas para quem se desloca em direção à Zona Norte de Niterói, para os bairros do centro-leste de São Gonçalo e pra quem vai à Região dos Lagos, pois passando pelo bairro de Tribobó, cruza com o início da RJ-106. No mesmo bairro, há um posto da Polícia Rodoviária Estadual, no Km 7,5 da rodovia.

Em Itaboraí a Avenida 22 de Maio também faz parte da RJ-104, mas é um trecho administrado pela prefeitura local. Após o entroncamento com ó início da RJ-116, até o cruzamento com a BR-101, um trecho de aproximadamente 2 quilômetros é administrado pela concessionária Rota-116. há um estudo de implantação de BRTs nessa via.


Baldeador:

O Baldeador limita-se com o município de São Gonçalo e com os bairros do Fonseca, Santa Bárbara e Caramujo, destes dois últimos separados pela Rodovia Amaral Peixoto. A denominação Baldeador deve-se ao fato de a área ter sido ponto de baldeação de viajantes, tropas de mulas e boiadas que se dirigiam ao centro urbano.


RJ-104 Rodovia Niterói-Manilha no Baldeador - Foto: Reprodução da internet

A região do Baldeador foi, até as primeiras décadas do século XX, uma área agrícola. No século passado nas fazendas ali localizadas destacavam-se as culturas de café e cana-de-açúcar para exportação, além das de milho, feijão, mandioca, frutas e legumes para abastecimento local e adjacências. A partir da segunda metade do século XIX iniciou-se um processo irreversível de declínio da atividade agrícola no Estado do Rio, agravado pela gradual abolição da escravatura e, principalmente, pela transferência do eixo cafeeiro para o Vale do Paraíba.

Nas primeiras décadas deste século ainda existiam pequenas lavouras de subsistência no Baldeador, hoje praticamente inexistentes. A extensão territorial do antigo Baldeador era muito maior do que a de hoje; nela estavam incluídas partes do atual município de São Gonçalo, ainda hoje chamadas de Baldeador, bem como os territórios dos atuais bairros do Caramujo e de Santa Bárbara. O antigo Baldeador era cortado pela estrada Velha de Maricá, principal caminho de ligação entre os municípios de Niterói e Maricá.



Na área do antigo Baldeador existia a Fazenda Juca Matheus que, posteriormente, foi loteada e deu origem ao bairro de Santa Bárbara. Neste bairro encontramos uma parte também conhecida como Baldeador que outrora foi um sítio pertencente ao Sr. Paulino Menezes, parcelado nos anos 60, dando origem ao loteamento Parque Modelo. O bairro do Baldeador estabelecido pelos limites do Decreto Lei 4895, de 08/11/86, possui áreas com características próprias:

Figueira, que se localiza ao longo da estrada do mesmo nome;
Cova da Onça, onde existem terrenos ocupados por posseiros;
Nossa Senhora das Graças, com loteamentos regulares e, ainda, parte do local conhecido como "Caixa D’água".


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Em Santa Bárbara encontramos com a Estrada  RJ-100, via que liga o Barreto ao Rio do Ouro servindo em sua extensão como limite entre os municípios de Niterói e São Gonçalo. O traçado da RJ-100 compreende ao traçado da Estrada Velha de Marica.

O trecho entre Santa Bárbara e Maria Paula é compartilhado entre as duas estradas (RJ-100 e RJ-104). A partir de Maria Paula, a RJ-100 segue por dentro do bairro passando pelo Arrastão até o entroncamento com a RJ-106 no Rio do Ouro.

Chegamos em Tribobó e passamos pelo trevo de entroncamento com a RJ-106, que liga a RJ-104 desse ponto até Cabiúnas em Macaé, onde encontra com a BR-101 Rodovia Governador Mário Covas. Aqui também cruzamos o Rio das Pedras, um rio que tem a sua nascente no Morro do Castro e desagua no Rio Maria Paula.

No Colubandê e após passarmos a ponte sobre o Rio Culubandê percorremos por Almerinda e Coelho até a chegada ao Raul Veiga, já na região comercial de Alcântara.


Rio Alcântara

A nascente do Rio Alcântara encontra-se no bairro de Maria Paula, onde é chamado Rio Maria Paula, suas águas percorrem para as partes mais baixas do terreno pelos bairros Arsenal e ao atravessar o bairro do Colubandê onde recebe o nome de Rio Colubandê. Ao percorrer os bairros do Mutondo e Alcântara as suas águas concentram em um único ponto formando o Rio Alcântara que deságua no Rio Guaxindiba que ainda está bem preservada devido à Àrea de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim.

O Rio Alcântara é um importante afluente do Rio Guaxinbiba. Seus principais contribuintes são o Rio Sapê, que nasce no Sapazel, e o Rio Pendotiba, que nasce na Serra Grande, ambos localizados no município de Niterói. O encontro dos dois rios no município de São Gonçalo recebe o nome de Rio Maria Paula, que mais a jusante recebe contribuição do Rio das Pedras, que nasce no Morro do Castro. O Rio das Pedras ao desaguar no Rio Maria Paula, no bairro do Colubandê, passa a se chamar Rio Colubandê. Só ao atravessar a RJ-104, recebe o nome de Rio Alcântara.

Antes de desaguar no Rio Guaxindiba, o Rio Alcântara ainda recebe contribuição do Rio Mutondo na sua margem esquerda. Por fim, o rio Guaxindiba, deságua na Baía de Guanabara após atravessar o manguezal e a Área de Proteção Ambiental Guapimirim, que abrange os municípios de Magé, Guapimirim e São Gonçalo.

Águas límpidas e cristalinas percorriam o rio Alcântara no início da ocupação do município de São Gonçalo (século XIV). Atividades agrícolas (cultivo da cana-de-açúcar e do café) durante o período colonial e imperial no Brasil ao final do século XIX e, ainda o cultivo da laranja contribuíram para o desmatamento das suas matas ciliares, assoreamento do rio o que comprometeu suas águas antes usadas para pesca, banho, lazer, plantação, navegação e,dentre outros.


Vista aérea do Parque Industrial de São Gonçalo - Foto: IBGE
A partir de 1940, o município de São Gonçalo passou por um grande desenvolvimento da sua economia em função da instalação de inúmeras indústrias o que despertou um grande atrativo para a chegada de centenas de pessoas para o município. Ao longo do curso principal do Rio Alcântara e dos seus canais foram construídas moradias sem infra-estrutura de saneamento básico e, consequentemente esgoto a céu aberto e obtenção de água não tratada. Muitas encostas dos morros foram ocupadas, como também construções as margens dos rios.


Enchente no Rio Alcântara (curso principal) no sentido à jusante em abril de 2010 - Foto: Diário de Classe
A existência de muitas ruas asfaltadas em cima de leito dos rios impedindo a infiltração da água no solo que, em épocas de chuvas os canais não comportam o grande volume de água pluvial provocando as enchentes. A inauguração da Ponte Rio Niterói em 1974 e a construção da Rodovia federal BR-101 (trecho Niterói-Manilha) na década de 1980 tornaram-se fortes atrativos para as pessoas migrarem para o município de São Gonçalo, uma opção de moradia para milhares de pessoas devido ao baixo preço dos terrenos; com o desmembramento de antigas fazendas sem aprovação específica houve inúmeras construções irregulares, como casas, indústrias, além da aberturas de estradas ao longo do curso principal ou nos canais do Rio Alcântara. Tudo isso comprometeram o quadro ambiental do Rio Alcântara.



Alcântara

O nome homenageia o imperador brasileiro Dom Pedro de Alcântara. O bairro surgiu junto a uma estação de trem e se desenvolveu no cruzamento da rodovia estadual RJ-104 – construída na década de 40.



A via fazia a ligação da capital, Niterói, com o norte fluminense, usando o antigo traçado da Estrada Geral, ferrovia que fazia ligação das antigas fazendas do extremo oeste do município (Pacheco e Santa Izabel) à sua sede (Centro) e aos antigos portos do município.

Na década de 1970, foi construído, sobre o cruzamento, um viaduto ao longo da RJ-104. Logo depois, sob o mesmo, foi instalado o terminal rodoviário do bairro, o Terminal Rodoviário Jayme Mendonça Campos foi reformado em 2008.


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Agora no bairro Raul Veiga, entramos na Rua Lindolfo Collor em direção à Estrada Raul Veiga, acompanhando então o traçado onde já passou a Estrada de Ferro de Maricá.


Pela Estrada Raul Veiga, passamos pela Praça do Bandeirantes, local de confluência com a Estrada das Pedrinhas, via que dá acesso aos bairros do Coelho, Joquei Clube, Jardim Independência, Jardim Nova República, Parque São Sebastião, Retiro do Alcântara, Anaiá Paqueno e Vila Candosa, todos no segundo distrito de São Gonçalo.



Após a Praça, continuamos na Estrada Raul Veiga por aproximadamente 300 metros, onde essa passa a se chamar Estrada do Pacheco, no bairro Lagoínha.

Através da Estrada do Pacheco, seguimos até o Barracão, passando ainda pelos acessos aos bairros Vista Alegre e Guarani, através da Estrada São Pedro que segue até o Km 16 da RJ-104 e aos bairros do Jardim Catarina e Tiradentes através da Estrada do Bichinho.



Chegando ao Barracão, bairro onde após a esquina com a Estrada Restaurada, passa a se chamar Estrada do sacramento, que também é o nome do bairro adiante. Ao chegar no Bairro Sacramento, há uma separação das pistas, onde em sentido obrigatório, seguimos pela Rua Capitão José Lopes. A Estrada do sacramento segue paralela, separada por um quarteirão trazendo o tráfego no sentido oposto.


No ponto de reencontro das vias, inicia-se a Estrada de Santa Izabel, esta ainda segue boa parte no bairro do Sacramento até chegar no Eliane, por aqui temos acesso aos bairros Anaia Grande, Retiro do Alcântara e Ipiíba através da Estrada Meia Noite.


Viação Santa Izabel em 1960 - da Internet

A Estrada Meia Noite também é o ponto de início na via para o Bairro de Santa Izabel, que é o nosso destino. O centro do bairro está no final da Estrada de Santa Izabel, onde iniciam se as Estradas Ipiíba e Itaitindiba.

Seguimos pela Estrada de Itaitindiba em direção à Praça Santa Izabel e atravessamos a ponte sobre o Rio da Aldeia. Ao chegar na praça, uma bifurcação onde a Estrada Itaitindiba segue para um lado e do outro surge a Estrada do Cordeiro, a qual seguiremos viagem.




A Estrada Itaitindiba vai em direção à cabuçu, sexto distrito de Itaboraí, enquanto a Estrada do Cordeiro segue dentro do bairro de Santa Izabel até encontrar a Serra do Calaboca. Próximo dali, entramos na Estrada da Fortuna e contornamos numa área ampla em frente à Garagem da empresa Auto Ônibus Fagundes, anteriormente pertencente à Viação Santa Izabel, empresa originária da linha. Ali termina a viagem, ao lado da garagem.

Dados adicionais:

A linha teve origem com a Viação Santa Izabel em 1966, quando foi fundada no dia 26 de setembro pelo Sr. Castruz no bairro de Ipiba em São Gonçalo.



Na década de 90, devido à dissidência familiar a empresa começou a entrar em decadência, começando pela demição de funcionários, o que acarretou na falta de manutenção nos veículos, resultando em acidentes e a falta de renovação das frotas dos coletivos. 


A empresa foi vendida em 2006 para o grupo de acionistas da Transportes Oriental e meses depois teve a sua permissão cassada pelo DETRO-RJ.



As linhas intermunicipais ficaram com a Rio Ita e as municipais com a Viação Mauá. A Portaria do DETRO-RJ de nº 801 foi publicada no dia 30 de Novembro de 2006, anunciando a intervenção na prestação dos serviços de transporte coletivo intermunicipal da Viação Santa Izabel, devido à falta de condições de seus coletivos para o tráfego, além ainda de apresentarem vida útil incompatível com a exigida pelo DETRO-RJ para operação das linhas autorizadas.



Com isso, o DETRO-RJ através desta mesma portaria, passou para a empresa Rio Ita a autorização para operar as linhas autorizadas à empresa Viação Santa Izabel:

550M Niterói x São Pedro
549M Niterói x Santa Isabel via Tribobó
553M Niterói x Santa Isabel via Bairro Legião
540D Santa Isabel x Estácio


Antes de receber essas linhas, a Rio Ita já vinha desde o início dos anos 2000 reestruturando a sua operação, redefinindo a sua área de atuaçao. Em 2001 a Rio Ita passou todo o setor Laranjal (linhas de Alcântara e dos 2º e 3º distritos de São Gonçalo e Marabaia em Itaboraí) para a Fagundes.




A Auto Ônibus Fagundes foi fundada em 11 de janeiro de 1971 operando as linhas:

430M Niterói x São José
431M Niterói x Monjolos
700M Alcântara x Curuzu
701M Alcântara x Itaboraí via Bernardino
702M Alcântara x Manilha via Estrada do Sapê
703M Alcântara x Cabuçu 



Setor Laranjal, transferido à empresa em 2001

480M Niterói x Apolo III via Marambáia
482M Niterói x Santa Luzia
483M Jardim Catarina x Niterói via Tribobó
484M Niterói x Pacheco via Tribobó
486M Parque Eldorado x Niterói via Fazenda Colubandê
487M Guaxindiba x Niterói
488M Niterói x Boa Vista do Laranjal via Tribobó
489M Niterói x Apolo III via BR-101
491M Niterói x Santa Luzia via BR-101
492M Niterói x Jardim Catarina via BR-101
521D Alcântara x Glória
572M Niterói x Jardim Catarina via Laranjal
708D Tribobó x Madureira via Fonseca
718D Alcântara x Madureira (via PPCS)
719D Alcântara x Madureira via Lobo Júnior
721D Alcântara x Botafogo
749D Alcântara x Estácio
1721D Alcântara x Candelária
2484M Alcântara x Niterói
3721D Alcântara x Botafogo
1484M Alcântara x Niterói



Dessas linhas, a Fagundes criou outras versões para operação em Turno Único em 2003:

722D Candelária x Monjolos
724D Candelária x Marambaia
726D Candelária x Santa Luzia
5721D Apolo III x Candelária



Em 2007 a Rio Ita repssa para a Fagundes as linhas recebidas em 2006 da extinta Viação Santa Izabel (RJ 194).

550M Niterói x São Pedro
549M Niterói x Santa Isabel via Tribobó
553M Niterói x Santa Isabel via Bairro Legião
540D Santa Isabel x Estácio
7721D Santa Isabel - Candelária



A Fagundes também crriou a 9721D Santa Isabel x Botafogo, sobrepondo dois trajetos já atendidos pela empresa.

A Viação Santa Izabel também operou as linhas intermunicipais:

540D Santa Izabel x Estácio
549M Santa Izabel x Niterói
551M Lagoa Seca x Niterói
553M Legião x Niterói



554M Boa Vista do Laranjal x Niterói atual 488M da Fagundes
590M Amendoeira x Niterói (Linha que era operada pela Floresta,depois ABC e CTC-RJ e então entrou em pool com Rio Ita,Fagundes e Mauá até inicio ano 2000, ficadno apenas com a Viação Mauá.



A Viação Santa Izabel também operava linhas municipais em São Gonçalo, todas adquiridas pela Viaão Mauá e em seguida entregues à Auto Ônibus Alcântara, empresa gerida por ela e que também opera linhas municipais no município.



Alcântara x Santa Izabel
Alcântara x Legião
Alcântara x Jardim Tiradentes
Alcântara x Rio Frio
Alcântara x Quinta Dom Ricardo
Alcântara x Meia-Noite


Forum x Santa Izabel
Forum x Engenho do Roçado
Forum x Legião
Forum x Meia-Noite







Referências Bibliográficas


Diretoria de Planejamento da NITTRANS, Jornal do Brasil, Sim São Gonçalo, UFF - Universidade Federal Fluminense, Litoral Bus, Diário de Classe, Mapeando Meus Rios, Cia de Ônibus, DER-RJ Departamento de Estrada de Rodagem do Estado do Rio de Janeiro, S.O.S Alcântara, Politicando, IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Ônibus Brasil, Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia de Niterói.



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