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EPT Maricá estuda a operação de transporte aquaviário nas lagoas da cidade

Uma reunião entre a direção da Empresa Pública de Transportes (EPT) e uma equipe de engenharia e mecânica naval da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) começou a formatar uma nova forma de transporte para o Centro de Maricá.


Na pauta do encontro, estava a implantação de um sistema de deslocamento aquaviário pela lagoa através de hovercrafts, uma embarcação que utiliza uma bolsa de ar como base de sustentação e cujos rotores ficam acima da água que, ao contrário de outros veículos náuticos, não causa impacto ao ecossistema lagunar. A primeira travessia seria entre a praia das Amendoeiras, em São José de Imbassaí, e o trecho na altura de Araçatiba, uma distância de aproximadamente 8 quilômetros.

Durante a apresentação feita pelo engenheiro Lejandre Fernandes e o técnico Fernando Almeida, foram mostrados diferentes modelos de hovercraft utilizados pelo mundo. A sugestão da equipe é uma embarcação para 15 passageiros, com apenas um motor e altura de cerca de 3 metros. “Trabalhamos em projetos semelhantes e cremos que seja possível implantar aqui também”, avaliou Fernando Almeida. Já Lejandre Fernandes, que é morador de Inoã, afirmou que conhece os calados das lagoas de Maricá de longa data. “Pratico esportes náuticos na cidade e já visualizava como seria o uso da embarcação ali. Seria algo muito prático e, na minha avaliação, plenamente viável”, garante ele, que finaliza uma pós-graduação no Coppe, também ligado à universidade.

A equipe vai enviar à EPT um estudo de viabilidade do projeto, mas ainda não há um prazo aproximado para implantação. O presidente da autarquia, Fabiano Filho, fez perguntas relacionadas a custos de aquisição, manutenção e estrutura, e se disse bastante satisfeito com o alcance que o novo modal pode obter. “É algo que requer uma estrutura pequena para embarque e desembarque, e também as embarcações são de um tamanho que nossos canais também comportam. Vamos realizar esse trajeto experimental mas, no futuro, podemos até expandir até Itaipuaçu”, projetou ele.

De acordo com o diretor de Planejamento e Tecnologia da EPT, Amílcar Junior, a relação custo-benefício da operação dos hovercrafts será compensadora, pois trata-se de uma operacionalização voltada especificamente para as condições das lagoas e com o mesmo perfil de manutenção dos ônibus ‘Vermelhinhos’, podendo ser feita pelos profissionais que já atuam na empresa. “Além disso, sabemos que a demanda já existe e que o modal vai ajudar a aliviar o trânsito do centro da cidade, integrando um centro urbano como São José de Imbassaí com qualidade e tempo”, pontuou.

Conhecida em todo o Brasil pela iniciativa dos ônibus ‘Tarifa Zero’ em Maricá, a EPT havia anunciado no início do mês uma nova atribuição, que deve ser implantada até o fim deste ano. A empresa deve começar atuar no setor de cargas, voltado principalmente para pequenos produtores e cooperativas. O objetivo é ampliar o conceito de transporte público praticado pela autarquia.
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Estudo prevê 14 novas linhas de barcas na Região Metropolitana

Em 2013, os congestionamentos nos 21 municípios que da Região Metropolitana do Rio atingiram 130 quilômetros por dia, gerando um custo de R$ 29 bilhões. Em 2022, os engarrafamentos podem alcançar mais de 180 km por dia e os custos podem atingir R$ 40 bilhões, mesmo com a expansão e do sistema metroferroviário, os corredores exclusivos para ônibus (BRT e BRS) e a implantação do sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) no Centro e na Zona Portuária.



Os cálculos são do Sistema Firjan, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. Para a Firjan, a melhoria da mobilidade urbana na Região Metropolitana do Rio passa pela criação de novas ligações hidroviárias. Estudo do Sistema Firjan indica que 14 novas ligações hidroviárias são viáveis e poderão tirar das ruas mais de cem mil carros, diminuir os prejuízos causados com os engarrafamentos.

Segundo a Firjan, essas 14 linhas divididas entre os eixos da Baía de Guanabara e da Barra da Tijuca podem absorver 272.400 viagens de passageiros por dia, o equivalente à circulação de 100.900 carros. De acordo com o estudo, a redução na extensão diária dos congestionamentos chegaria a 84,1 quilômetros, e a diminuição no custo anual causado pelo tempo perdido no trânsito, em especial durante a distribuição de cargas e pela perda de produtividade dos trabalhadores, seria de R$ 11,2 bilhões.

Somente no eixo Baía de Guanabara, que tem apenas quatro linhas, a Firjan propõe 11 novas ligações, que somarão mais de 156 mil viagens de passageiros por dia, o suficiente para tirar das ruas 57.800 veículos. Entre as linhas propostas, cinco conectam o Rio de Janeiro ao Leste Fluminense; uma a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense; quatro às ilhas do Governador e do Fundão; e uma Charitas a Itaipu, em Niterói.

Já no eixo Barra da Tijuca, a Firjan sugere a ligação da Barra para a Praça Quinze, com potencial para até 106.400 viagens de passageiros por dia, que equivalem a mais de 39 mil veículos fora das ruas. Nessa linha, a Firjan propõe embarcações próprias para navegação em mar aberto e sugere uma estação próxima ao Terminal Alvorada, para a conexão com as estações do BRT e do metrô. De acordo com o estudo, o projeto possibilita a integração da Barra da Tijuca com todo o município, com o Leste Fluminense e com Duque de Caxias.



O estudo indica ainda que as ligações hidroviárias possíveis entre a Barra e o Complexo Lagunar podem proporcionar dez mil viagens de passageiros por dia, que substituiria 3.700 veículos. A proposta da Firjan permitiria aos usuários a integração com a futura estação da Linha 4 do metrô, no Jardim Oceânico, ligando a Barra à Zona Sul e ao Centro. Segundo a federação, a combinação das hidrovias com a Linha 4 do metrô possibilita a retirada de milhares de veículos ao longo do trajeto Barra da Tijuca-Centro, reduzindo ainda mais os congestionamentos.

Segundo a Firjan, as propostas apresentadas no estudo mostram ganhos significativos para a mobilidade do entorno da Baía de Guanabara, na ligação entre o Centro e a Barra da Tijuca e no deslocamento interno dos bairros.

“A ampliação do sistema de transporte hidroviário precisa integrar a política de transporte como parte importante da solução para os congestionamentos da Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, afirma o estudo.
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